Entrou em vigor nesta segunda-feira (24) uma nova ferramenta do Banco Central destinada a aumentar a segurança financeira no país. A atualização do sistema do PIX agora permite que bancos rastreiem e bloqueiem todas as contas utilizadas por golpistas, ampliando a chance de recuperar valores roubados.
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COMO FUNCIONA O NOVO MECANISMO
Até então, a devolução só era possível se o dinheiro ainda estivesse na primeira conta usada no golpe. Na maioria dos casos, isso não acontecia, já que criminosos costumam transferir rapidamente os valores para diversas contas.
Com o novo sistema, instituições financeiras podem acompanhar o caminho completo do dinheiro e bloquear cada conta por onde os recursos transitarem. O rastreamento será compartilhado entre todos os bancos envolvidos na transferência.
PRAZOS PARA RECLAMAÇÃO E DEVOLUÇÃO
As vítimas terão até 80 dias para registrar a contestação, que pode ser feita diretamente pelo aplicativo bancário.
Após o pedido, os bancos terão até 11 dias para devolver o dinheiro, caso a fraude seja confirmada.
A regra não vale para erros de digitação, arrependimento ou desacordos comerciais.
OBRIGATORIEDADE SÓ EM 2026
Neste primeiro momento, o uso do novo mecanismo é opcional para as instituições financeiras. A adesão passará a ser obrigatória apenas em 2 de fevereiro de 2026.
Segundo Renato Dias, diretor do Banco Central, a medida permite rastrear os recursos além da primeira conta recebedora, garantindo bloqueio em uma cadeia mais longa e aumentando a chance de estorno para a vítima.
FEBRABAN APOIA A MEDIDA
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota manifestando apoio às novas regras. Segundo a entidade, o reforço na segurança do PIX é uma resposta a ataques que tentam retirar recursos das instituições e usar o sistema financeiro para ocultar dinheiro do crime organizado.


Com o novo sistema, instituições financeiras podem acompanhar o caminho completo do dinheiro e bloquear cada conta por onde os recursos transitarem. - Crédito: Imagem Ilustrativa 


