Manifestantes do MST no prédio do IFPA - Crédito: Site Marabá Notícias

Desde a manhã de terça-feira (13), cerca de 200 jovens do MST ocupam a sede do Campus Rural de Marabá, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), na antiga Fazenda Cabaceiras. Ao chegar ao campus foi lida uma pauta de reivindicação que contém uma série de itens necessários ao debate, segundo os estudantes sem-terra, atendidos pelo órgão federal. Por conta desta interdição as aulas estão paralisadas.

Entre as principais pautas de reivindicação dos manifestantes está a garantia da Alternância Pedagógica; garantia do Processo Seletivo para Cursos de Ensino Médio (só há 35 alunos de E.M.) no Campus; além de eleição direta para diretor do Campus com candidatos concursados e do próprio Campus. Também faz parte da pauta dos estudantes membros do MST Agroecologia como princípio educativo de todos os cursos; o respeito à história da Reforma Agrária e do Assentamento 26 de Março (antiga Fazenda Cabaceiras); e ainda a garantia da função social do Campus Rural de Marabá.

Só para se ter uma ideia da precariedade do Campus Rural em relação ao quadro de servidores, há disciplinas em que há apenas um professor, quando seriam necessários pelo menos três. Houve concurso para essas vagas, mas estranhamente candidatos aprovados nunca foram nomeados e o certame já perdeu até a validade. Algo muito estranho que também ocorre com a instituição é que o Campus Vigia, inexplicavelmente, durante muitos anos já pertenceu ao Campus Rural de Marabá, apesar da distância “continental” entre as duas cidades.

Os estudantes protestam contra a administração do professor Antônio Cardoso e temem que haja até mesmo uma intervenção no Campus. Por enquanto, o IFPA ainda não se manifestou sobre a ocupação das instalações do Campus Rural de Marabá, mas nesta quinta-feira (15), haverá uma mesa de negociação entre o MST e o reitor do IFPA, Hélio Almeida Cordeiro.