Um homem de 40 anos morreu após passar mal durante uma imersão promovida pelo movimento cristão Legendários, conhecido por propor desafios físicos intensos em ambiente natural. O caso aconteceu no sábado (28), em Rondonópolis (MT) em uma atividade que reunia cerca de 150 participantes.
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Identificado como Rodrigo Nunes de Oliveira, ele sofreu uma crise convulsiva enquanto fazia uma trilha. O participante foi socorrido e levado ao Hospital Regional da cidade, onde chegou a ser entubado, mas não resistiu e morreu horas depois. Até o momento, a causa da convulsão não foi divulgada pelas autoridades médicas.
PERFIL DA VÍTIMA
Rodrigo era profissional da área de segurança do trabalho, casado, pai de dois filhos e membro de uma igreja metodista. Nas redes sociais, costumava compartilhar conteúdos relacionados à fé cristã e momentos com a família. O sepultamento ocorreu no cemitério da Vila Aurora.
OUTRO CASO
Esse é o segundo caso de participante que morre durante uma imersão dos Legendários no Brasil somente este ano. Em janeiro, o administrador de empresas Fábio Adriano Machado Cherini (44 anos), morreu após passar mal quando participava de um acampamento na região do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul. A morte aconteceu no dia (31) depois que fábio sofreu várias paradas cardíacas, mas só se tornou pública quando o grupo retornou para Campo Grande, capital do Estado, no domingo, (02). O caso foi registrado pela Polícia Civil como "morte a esclarecer".
O QUE É O LEGENDÁRIOS?
Fundado em 2015 pelo pastor guatemalteco Chepe Putzu, o Legendários tem se expandido pelo Brasil. O movimento é direcionado exclusivamente a homens e defende a restauração da masculinidade com base em princípios cristãos, aliando superação física e emocional.
O lema “AHU”, que significa Amor, Honra e Unidade, norteia os valores defendidos pelo grupo.
IMERSÃO E CUSTOS
A principal atividade promovida pelo movimento, chamada TOP (Track Outdoor de Potencial), consiste em uma imersão de 72 horas na natureza com provas que testam resistência física e equilíbrio emocional. Os custos de participação variam de R$ 450 a R$ 81 mil, conforme a estrutura de cada edição.
O movimento se apresenta como uma resposta à crise de identidade masculina, buscando resgatar virtudes como liderança, honra e serviço no convívio familiar e na sociedade.