Um dos objetivos do Dia do Homem é chamar atenção a respeito da saúde masculina - Crédito: Reprodução Um levantamento da Pipo Saúde revelou avanços importantes e desafios persistentes na saúde dos homens que trabalham no Brasil. A pesquisa foi realizada entre janeiro e dezembro de 2024, com 9.691 trabalhadores de diferentes setores e perfis.
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A coleta dos dados acontece às vésperas do Dia do Homem, comemorado em 15 de julho, e serve como alerta para a necessidade de mudanças no comportamento preventivo masculino.
CUIDADOS COM A SAÚDE
Segundo Arthur Geise, diretor médico da Pipo Saúde, o padrão de comportamento continua sendo o de recorrer ao atendimento apenas diante de sintomas ou por pressão externa.
“O perfil de busca por atendimento médico masculino ainda é reativo. Romper esse padrão exige políticas que promovam o autocuidado como um valor social”, afirma.
ATIVIDADE FÍSICA CRESCE E TABAGISMO CAI
Apesar disso, os dados mostram avanços significativos. O percentual de homens fisicamente inativos caiu de 54,9% para 31,4%, e hoje 68,3% se consideram ativos. Também houve queda expressiva no tabagismo: o número de fumantes caiu de 24% para 11,2%, enquanto a taxa de ex-fumantes aumentou.
Outro ponto positivo foi a redução no consumo excessivo de álcool, que caiu de 11,7% para 7,5%. Por outro lado, o consumo moderado cresceu de 20,8% para 32,7%, indicando a necessidade de acompanhamento para evitar o risco de excessos futuros.
SOBREPESO E SAÚDE MENTAL SEGUEM COMO ALERTAS
Mesmo com os avanços, o estudo aponta que o sobrepeso e a obesidade continuam em alta. O número de homens com sobrepeso subiu de 38,7% para 42,3%, e também houve aumento nos casos de obesidade grau I e obesidade mórbida.
Outro dado preocupante é que mais de 80% dos avaliados apresentaram algum grau de risco à saúde mental. Apesar de leve melhora em relação a levantamentos anteriores, a saúde emocional masculina ainda exige atenção urgente.
AUTOCUIDADO
Para Arthur Geise, o cuidado com a saúde vai além de exames laboratoriais. “A parte mais valiosa da prevenção não está nos exames, mas numa boa conversa clínica em consulta”, explica. Segundo ele, datas como o Dia do Homem devem ser vistas como um gatilho para mudar atitudes e valorizar o autocuidado contínuo.
