A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de maio, as contas de luz terão cobrança adicional. A bandeira tarifária amarela será acionada, trazendo um custo extra para o consumidor.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
CUSTO EXTRA
Com a bandeira amarela em vigor, haverá uma cobrança adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
A mudança reflete a transição do período chuvoso para o seco, o que reduz o volume de chuvas e a capacidade de geração das hidrelétricas.
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE BANDEIRAS
O sistema de bandeiras tarifárias atua como um “semáforo” de custos:
-
Verde: Condições favoráveis; sem custo extra.
-
Amarela: Condições menos favoráveis; custo de R$ 18,85 por MWh (ou R$ 1,88 por 100 kWh).
-
Vermelha Patamar 1: Custo de R$ 44,63 por MWh (ou R$ 4,46 por 100 kWh).
-
Vermelha Patamar 2: Custo de R$ 78,77 por MWh (ou R$ 7,87 por 100 kWh).
Quando os reservatórios das hidrelétricas estão baixos, é necessário acionar usinas termelétricas, mais caras e poluentes, elevando o custo da energia.
FIM DO PERÍODO DE BANDEIRA VERDE
De dezembro de 2024 a abril de 2025, os consumidores aproveitaram cinco meses de bandeira verde, sem cobranças adicionais, graças às chuvas abundantes. Agora, com previsões de chuvas abaixo da média, a Aneel aciona novamente a tarifa extra.
ENERGIA MAIS CARA E IMPACTO NA ECONOMIA
O aumento da conta de luz tem pesado no bolso dos brasileiros. Em fevereiro de 2025, a tarifa de energia elétrica subiu em média 17%, contribuindo para a maior inflação mensal em 22 anos, conforme aponta estudo da professora Clarice Ferraz, da UFRJ, publicado no The Conversation.
A retirada do chamado “bônus de Itaipu”, que anteriormente aliviava os preços da energia, também agravou a alta.
FIQUE ATENTO AO CONSUMO
Com o retorno da bandeira amarela, o consumidor deve redobrar a atenção ao uso de energia para evitar surpresas no orçamento. Pequenas atitudes de economia podem fazer a diferença no final do mês.