A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta terça-feira (23) a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS entre 2019 e 2024. Como consequência, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por ordem judicial.

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O ESQUEMA

Segundo as investigações, aposentados e pensionistas tiveram valores descontados sem consentimento, supostamente para pagar por serviços ou associações. Os valores, em muitos casos, não tinham autorização formal dos beneficiários, caracterizando fraude.

O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões ao longo dos cinco anos investigados.

OPERAÇÃO EM 14 ESTADOS E DF

Estão sendo cumpridos: 6 mandados de prisão temporária e 211 mandados de busca e apreensão. As ações ocorrem no Distrito Federal e nos estados de:

• Alagoas

• Amazonas

• Ceará

• Goiás

• Maranhão

• Mato Grosso do Sul

• Minas Gerais

• Paraná

• Pernambuco

• Rio Grande do Norte

• Rio Grande do Sul

• São Paulo

• Sergipe

SERVIDORES ENVOLVIDOS

A Polícia Federal identificou a participação de servidores públicos no esquema, incluindo seis servidores formalmente afastados de suas funções. A suspeita é de que dados de beneficiários tenham sido acessados indevidamente para facilitar os descontos irregulares.

O atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado nesta terça, está no comando do órgão desde julho de 2023. Ele substituiu Glauco Wamburg, que exercia a presidência interinamente.

CRIMES INVESTIGADOS

Os investigados poderão responder por: Corrupção ativa e passiva, organização criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema oficial e estelionato majorado.

UMA DAS MAIORES OPERAÇÕES DE 2024

A Operação Sem Desconto mobilizou:

• 700 policiais federais

• 80 servidores da CGU

É considerada uma das maiores ações do ano em defesa dos direitos de aposentados e pensionistas. Além de identificar os responsáveis, a operação busca também resgatar os valores retidos indevidamente.