Um vídeo publicado pelo influenciador Felca Bress, na semana passada, reacendeu o debate sobre os riscos que crianças e adolescentes enfrentam nas redes sociais. As cenas divulgadas chamaram atenção do Congresso Nacional, da Presidência da República e de diversos setores da sociedade, levantando a discussão sobre a falta de regulação no uso de imagens de menores nesses espaços virtuais.
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CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DAS REDES
Especialistas alertam que pais e responsáveis precisam respeitar as faixas etárias recomendadas pelas plataformas. O Instagram, por exemplo, não é indicado para menores de 16 anos, enquanto TikTok e WhatsApp só deveriam ser acessados a partir dos 13.
Eles também destacam a importância de manter contas privadas, revisar configurações de segurança e evitar que desconhecidos tenham acesso ao conteúdo publicado por crianças e adolescentes.
PERIGO AO POSTAR FOTOS
Mesmo sem que as crianças tenham contas próprias, familiares podem colocá-las em risco ao compartilhar fotos e vídeos. Segundo a ativista Sheylli Caleffi, qualquer imagem publicada em rede social pode ser retirada do contexto e usada de forma criminosa.
Ela ressalta que apenas os responsáveis legais têm o direito de decidir sobre a exposição de imagens de menores. “Redes sociais não são álbuns de família, são redes de comércio”, afirma.
ADULTIZAÇÃO PRECOCE
Outro ponto levantado é a chamada adultização de crianças, quando elas são expostas a roupas, comportamentos ou situações típicas do universo adulto. Especialistas alertam que esse fenômeno, presente dentro e fora da internet, pode gerar insegurança, baixa autoestima e até transtornos psicológicos em longo prazo.
ORIENTAÇÃO E CONTROLE FAMILIAR
O acompanhamento próximo dos pais é considerado fundamental. Além de conversas francas sobre riscos, aplicativos de controle parental podem ajudar a monitorar tempo de tela, contatos e conteúdos acessados.
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Além das famílias, a proteção deve envolver escolas, serviços de saúde, assistência social, Justiça e Ministério Público, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa rede de apoio deve atuar de forma integrada para prevenir e enfrentar situações de risco.
NECESSIDADE DE REGULAÇÃO
Especialistas também defendem que o Brasil avance na regulação das plataformas digitais. Ao mesmo tempo, reforçam a importância de fortalecer equipamentos públicos de assistência e criar espaços de escuta para que crianças e adolescentes possam ser ouvidos e protegidos.
CANAL DE DENÚNCIAS
Casos de abuso, exploração ou qualquer violação de direitos podem ser denunciados pelo Disque 100, disponível 24 horas, gratuitamente, de qualquer telefone fixo ou celular.


Especialistas entrevistados orientam pais, mães e responsáveis - Crédito: Joedson Alves 


