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CONTRA O PRECONCEITO

Par celebra 17 anos juntos e reafirma acreditar no amor "sem rótulos"

12 junho 2021 - 10h23

Quando nos aproximamos do Dia dos Namorados é comum encontrarmos na internet muitos textos e frases que tentam definir o que é de fato o amor. Uma das mais repetidas entre os apaixonados é a conclusão de que amar de verdade, é algo simples, sem burocracia. Para o terceiro casal que virou personagem da série "Amor sem face", Paulo Egídio Rosa, de 40 anos, e Pedro Lima Rosa, de 56 anos, o maior desafio durante o relacionamento sempre foi justamente viver essa simplicidade.
 
Casados há 17 anos, eles conseguiram oficializar a união no Cartório de Registro Civil em 2013, após 9 anos vivendo juntos, se tornando o primeiro casal homoafetivo do Tocantins, após uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
 
O aniversário de casamento é justamente dois dias antes do Dia dos Namorados e carrega um grande significado para o casal.  Quando esquecemos por um momento a face desse relacionamento, ele se confunde com o de muitos outros casais. Os funcionários públicos já eram amigos, mas acabaram se apaixonando durante um momento inusitado em que Pedro sofreu um acidente de trânsito.
 
“Eu já era amigo do Paulo e da irmã dele, quando sofri um acidente de trânsito os dois se revezaram no hospital para me fazer companhia e ajudar na recuperação. O amor foi surgindo assim, por acaso, sem muita pretensão, assim como a história de muitos outros casais. Nossa sintonia é enorme, às vezes nos entendemos só com o olhar”, disse Pedro Lima.
 
Desafios
Nosso casamento no civil, além de conquistar pequenas coisas como expressar esse sentimento na rua, é muito importante. Amor não tem rosto, não tem rótulo, ele é um sentimento que precisa ser sentido e quem não é capaz de senti-lo verdadeiramente, nunca será capaz de entendê-lo”, completou Paulo Egídio.
 
Eles ainda acrescentam que o casamento homoafetivo ainda não é visto de forma natural e isso é um desafio para o casal. “Apesar da sociedade ter evoluído bastante, o relacionamento homoafetivo ainda é um grande tabu. Isso reflete em coisas simples do dia a dia, o que para outros casais é algo corriqueiro, como andar de mãos dadas, chamar o outro de amor em público, para nós é sinônimo de um olhar crítico”, contou Paulo.