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SUSTENTABILIDADE

Coleta seletiva: sabia que é possível implementar essa prática em casa?

29 setembro 2021 - 17h42Por Blog Racon

A sustentabilidade tem se tornado uma pauta cada vez mais comum na sociedade. Hoje, não é difícil encontrar exemplos de ações voltadas à conscientização sobre questões ambientais e de responsabilidade social, em razão dos impactos que o consumo desenfreado e os hábitos da vida moderna vêm causando ao meio ambiente com o passar dos anos.

Em um cenário de grande debate e preocupação ecológica, a busca por alternativas capazes de minimizar os danos causados pelo consumo excessivo de produtos e o descarte inadequado de resíduos é constante.

É nesse ponto que soluções, como a coleta seletiva de lixo, ganham força, despontando como uma alternativa viável e de fácil aplicação na rotina das pessoas. No entanto, apesar das suas vantagens e forte apelo sustentável, essa é uma prática pouco aplicada nas cidades, sobretudo em âmbito residencial.

Por isso, pensando em ajudar a reverter esse cenário e a contribuir com a disseminação da cultura da coleta seletiva de lixo, preparamos este artigo mostrando que, a partir de medidas simples, é possível, sim, implementar essa prática dentro de casa.

Então, quer saber como dar a sua contribuição para criar uma sociedade mais sustentável? Continue a leitura e aprenda mais sobre o assunto!

O que é a coleta seletiva e qual é a sua relevância?

De maneira simples, a coleta seletiva é uma prática voltada à separação de resíduos de acordo com a possibilidade de serem ou não reciclados. A ideia, então, é separar os materiais que podem ser reciclados do restante do lixo, dando uma destinação diferente a eles.

Essa é uma prática de extrema relevância na atualidade. Isso porque, à medida que a população das cidades cresce, os problemas relacionados ao consumo e geração de resíduos se intensificam, criando não só complicações para a saúde da população, mas principalmente para o meio ambiente.

No mesmo sentido, o descarte irregular de resíduos sólidos é uma das questões mais críticas enfrentadas na gestão das cidades. Esse problema é um dos grandes causadores da poluição dos rios e cursos d’água, além de ser causa também de enchentes em grandes centros.

Por essas e outras razões, existe hoje uma intensa necessidade em se reduzir a quantidade de resíduos que são descartados, estimulando o reaproveitamento daquilo que ainda pode ter utilidade econômica, fazendo com que menos materiais parem na natureza. Para isso, no entanto, é preciso ter uma política de separação dos resíduos, além de uma infraestrutura na localidade, para que cada material tenha o fim mais adequado.

Como o governo tem estimulado essa prática?

Para se ter uma ideia da importância dessa temática, em 2010, foi editada uma lei para tratar sobre o assunto — a Lei nº 12.305/10, instituidora da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) —, a qual estabelece uma série de diretrizes para o manejo de resíduos sólidos em todo o território nacional.

Essa lei visa a redução na geração de resíduos, tendo como um dos seus objetivos centrais a prática de hábitos de consumo mais sustentáveis, em conjunto com ações capazes de fomentar a reciclagem e a reutilização de resíduos sólidos que têm valor econômico e que podem ser reaproveitados — e a destinação adequada dos rejeitos — isto é, os materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados.

Quais são as vantagens da coleta seletiva?

Além do reforço à cultura da sustentabilidade, a coleta seletiva de lixo traz outros benefícios, tanto de forma individual quanto para a coletividade. A exemplo, sob a ótica do indivíduo, a prática é uma excelente maneira de exercitar a cidadania, contribuindo com o equilíbrio sustentável do meio ambiente, o que gera efeitos em nível global.

Por outro lado, sob a perspectiva da coletividade, a coleta seletiva é uma forma extremamente eficiente de melhorar a estética, as condições de vida e a saúde nas cidades. Com a redução do descarte de materiais, evita-se os problemas com enchentes, sujeira nas ruas e todos os problemas decorrentes disso.

Além do mais, a coleta seletiva também é vista como uma fonte de renda para muitas pessoas. Hoje, por exemplo, existem diversas cooperativas de recicladores de materiais recicláveis espalhadas pelo país, as quais cumprem um papel fundamental na questão social e ambiental ao prover o sustento de moradores de rua e populações carentes.

Para finalizar, há também que se mencionar a vantagem da menor dependência de aterros sanitários nas cidades. Esse ponto é extremamente importante, pois, além de reduzir os gastos dos municípios com o serviço, reduz o impacto dos aterros para o lençol freático ou mananciais próximos.

Como implementar a coleta seletiva em casa?

Diferentemente do que muitos podem imaginar, a coleta seletiva não exige grandes esforços para ser colocada em prática. Na realidade, como dito, o que é necessário é uma mudança nos hábitos e na cultura do cidadão, que precisa consumir e agir de modo mais consciente dentro e fora da sua residência.

Para mostrar que não é difícil adotar a coleta seletiva no âmbito residencial, listamos alguns passos simples para que essa medida seja iniciada. Confira!

Separe o lixo em categorias
Utilize recipientes de cores diferentes
Evite misturar produtos químicos e tóxicos ao lixo
Higienize o que for possível e mantenha o lixo seco
Classificar os resíduos
Embalar corretamente
Definir o destino correto
Evite o consumo em excesso

Separe o lixo em categorias

O primeiro passo para implementar a coleta seletiva é separar todo o lixo da residência em dois grupos: o de materiais recicláveis (papel, vidro, plástico e metal), e o de materiais não recicláveis (lixo orgânico, espelhos, frascos de remédios, lâmpadas etc.).

Utilize recipientes de cores diferentes

Um modo de facilitar a separação do lixo é a utilização de recipientes e lixeiras com cores diferentes. Não é necessário ter inúmeras lixeiras em casa, mas, pelo menos, duas: uma para os recicláveis e outra para os não recicláveis.

Evite misturar produtos químicos e tóxicos ao lixo

Existem diferentes categorias de materiais não recicláveis. Algumas delas, no entanto, apresentam características que merecem atenção, como é o caso de pilhas, baterias, remédios, óleos vegetais, minerais e sintéticos e produtos químicos.

Apesar de estarem categorizados como não recicláveis, é interessante que esses produtos não sejam misturados aos demais. Isso porque eles são ainda mais danosos ao meio ambiente, necessitando de um descarte específico.

Higienize o que for possível e mantenha o lixo seco

Uma medida que facilita bastante o processo de reutilização e reciclagem é o estado em que o material é separado. O ideal é que os produtos estejam limpos e secos - o que não significa que você tenha que lavá-los, mas apenas remover o excesso de resíduos que eventualmente possam contaminá-los.

Além disso, o lixo precisa estar seco a fim de facilitar o processo a ser executado em cooperativas e locais destinados a esse tipo de serviço.

Classificar os resíduos

A classificação dos resíduos é essencial para a coleta que são realizadas em sua casa. Existem muitos tipos de materiais e cada um deles deve ser separado em recipientes diferentes para serem descartados. Entre os principais tipos estão:

papelão;
vidro;
plástico;
alumínio.
Vale salientar que não são somente os lixos recicláveis que devem ser separados, mas os resíduos perigosos também precisam ser classificados da maneira mais correta possível. Dentre os materiais considerados perigosos estão os seguintes:

pilhas;
solventes;
remédios.
Classificar os resíduos e separá-los item por item facilita o trabalho do pessoal quem faz a movimentação, descarte e reciclagem dos materiais.

Embalar corretamente

Embalar os itens corretamente é uma atitude de grande valia na hora de separar o lixo que será enviado para o local onde estarão os responsáveis pelo seu manuseio. As pilhas devem ser colocadas em recipientes que não sejam biodegradáveis e os vidros em embalagens que evitem a quebra do material para não machucar os trabalhadores da coleta.

Definir o destino correto

Separar e embalar os itens é uma parte essencial do processo da coleta seletiva, mas saiba que além disso é necessário dar o destino correto para os materiais. Em muitas cidades, a Prefeitura Municipal providencia a retirada dos descartes.

Para que os itens possam ser coletados nas residências dos cidadãos, é necessário colocar os objetos em um local de fácil visibilidade no dia da coleta que é previamente agendada. Caso isso não ocorra em sua cidade, providencie a melhor forma para fazer o descarte.

Evite o consumo em excesso

Melhor do que descartar de modo certo as embalagens ou outros itens é não gerar grande quantidade de descarte. Existem duas maneiras de fazer isso, uma delas é reutilizar e a outra é não consumir demasiadamente. Cada vez que você pensar em consumir algo, reflita se realmente é preciso e se pode evitar a produção de resíduos para ter um consumo sustentável.

Como a adoção dessas ações contribui para a preservação do meio ambiente?

A coleta seletiva evita que o lixo fique espalhado por todos os lugares, como ruas e rios. Adote pequenas atitudes diárias para ajudar na prevenção do meio ambiente. Esse assunto vem sendo muito debatido ultimamente, pois com o passar dos anos e com o aumento da população, o lixo produzido tem trazido consequências gravíssimas para a camada de ozônio, para a vida dos animais aquáticos e até mesmo contribuído para a poluição do ar.

Para que possamos amenizar esses danos ao meio ambiente devemos seguir três pilares que são:

reduzir — a quantidade de lixo gerado em cada lar;
reaproveitar — tudo que conseguir reutilizar dos materiais;
reciclar — a maior quantidade de itens que podem ser reutilizados.
Essa maneira é chamada de 3 Rs, cujo nome está relacionado a letra inicial de cada ação a ser tomada para ajudar o meio ambiente. Vale salientar que se cada pessoa agir de forma apropriada, a poluição do solo, das ruas, esgotos e lençóis freáticos será diminuída. Com isso, a geração vindoura poderá viver feliz e com saúde desfrutando as belezas naturais deste mundo.

Por fim, como foi possível perceber, a coleta seletiva é uma prática bastante possível de ser aplicada dentro de uma residência. Para isso, são necessárias apenas algumas mudanças na forma de separar e gerir o lixo — o que certamente passa a ser um hábito quando realizada diariamente.