Com proposta de fortalecer e apoiar o Programa Criança Feliz (PCF), o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), em parceria com o Ministério da Cidadania, deu continuidade às ações do programa, em 2021, capacitando profissionais, especificamente nesse período de pandemia. De janeiro a maio, foram realizadas mais de 84 mil visitas remotas e presenciais, acompanhando 7.243 beneficiários.
O Criança Feliz atende gestantes e crianças de até seis anos de idade incluídas no Cadastro Único e beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
De acordo com a coordenadora Estadual do Criança Feliz, Katilvânia Guedes, o Tocantins tem 59 municípios com adesão ativa ao Programa Criança Feliz. Além de coordenadores municipais, a equipe conta com o trabalho de 59 supervisores e 218 visitadores sociais. “Foram disponibilizados, pelo Ministério da Cidadania, cinco cursos de capacitação, na modalidade EAD, para os profissionais envolvidos no Programa Criança Feliz e demais trabalhadores do SUAS”, informa.
A visitadora social Julia Ribeiro da Silva, do município de Campos Lindos, afirma que está vivendo um novo desafio com o trabalho remoto. “Estamos buscamos a melhor forma de acompanhar os beneficiários, de forma remota, então estamos orientando as mães e/ou cuidadores para realizarem as atividades, por meio de brincadeiras, remotamente”.
Andressa Freitas Boleto, mãe do pequeno Arthur Fersan, confirma melhoras em sua vida e na do filho. “O Programa Criança Feliz entrou em nossas vidas e mudou para melhor. As tarefas orientadas pela visitadora social têm ajudado demais no desenvolvimento do meu filho. Só tenho a agradecer”, afirma.
O secretário da Setas, José Messias de Araújo, destaca que as ações de políticas públicas, direcionadas às famílias tocantinenses, continuaram sendo realizadas mesmo em meio à pandemia. “O governador Mauro Carlesse tem se empenhado para que o Estado atenda às necessidades da população tocantinense, com ênfase para as famílias vulneráveis”, afirma o gestor.
“Em 2020 e 2021, profissionais do programa, no Tocantins, participaram de qualificações para melhor lidar com as novas formas de assistência, o que possibilitou um total de 288.849 visitas remotas e presenciais, para 15.962 beneficiários do programa, nesse período ”, ressalta o secretário.
Adaptações na pandemia
De acordo com a pedagoga da Setas e coordenadora estadual do Criança Feliz, Katilvânia Guedes, o isolamento social causado pela pandemia da Covid-19 exigiu uma série de adaptações para que as políticas de atenção à primeira infância continuassem sendo aplicadas de forma continuada e eficiente. “A realidade do atendimento nas casas teve de ser ajustada para preservar a saúde das famílias e dos técnicos visitadores”, informa.
Foi permitido uso de WhatsApp, e-mail e videochamadas como ações complementares para as famílias com acesso a Smartphone e internet. Para as famílias com telefone ou celular convencional estão sendo utilizadas ligações telefônicas e mensagens de texto; para as famílias sem acesso às ferramentas tecnológicas a comunicação pode ser também por meio de correspondência física, com entrega via correio de cartas com orientações, atividades e materiais”, explica.
Atendimento remoto
Pode ser feito por meio de aplicativos de mensagens como o Whatsapp, redes sociais, como Instagram e Facebook, bem como a realização de chamadas telefônicas ou de vídeo, por exemplo, tanto para o acompanhamento remoto, como para a realização de busca ativa de novas famílias, inclusive para os municípios que ainda não iniciaram a realização de visitas domiciliares, segundo a coordenadora estadual. “É importante ressaltar que é sempre necessário seguir a metodologia específica, as diretrizes, os pilares e os objetivos do programa, observando, perguntando, escutando, elogiando e orientando os beneficiários”, destaca Katilvânia Guedes.
Atendimento presencial
“No caso de atendimento presencial é preciso tomar medidas que garantam a segurança e saúde dos profissionais e das famílias - uso de EPI [Equipamentos de Proteção Individual], distanciamento de pelo menos um metro e meio entre as pessoas, utilização de espaços mais arejados para o atendimento à família, entre outras medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias locais na pandemia” informa Katilvânia Guedes.
“É importante ressaltar que, mesmo nas atividades remotas, a metodologia do programa deve ser considerada na realização das visitas domiciliares, visando a garantia dos direitos, do fortalecimento e vínculos e a promoção do desenvolvimento infantil das famílias atendidas”, destaca a coordenadora.
Criança Feliz
Com foco no atendimento semipresencial e remoto no último ano, o programa acompanha mães, pais e cuidadores no estímulo ao desenvolvimento das crianças.
O Programa Criança Feliz investe na primeira infância para minimizar os riscos sociais e, ao mesmo tempo, garantir uma geração de crianças saudáveis, com potencial para aprendizagem, socialização e produtividade.
O Programa é um dos resultados concretos do Marco Legal da Primeira Infância, que completou cinco anos em março de 2021.