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ARAGUAÍNA

Com salários atrasados, médicos da UPA e Hospital Municipal denunciam "descaso"

10 dezembro 2019 - 12h01Por Redação

Médicos que atuam no Hospital Municipal de Araguaína (HMA) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguaína emitiram uma nota de repúdio para se manifestar contra o atraso nos salários da categoria que estaria sem receber desde o mês de outubro. 

UPA e HMA

Os profissionais classificaram a situação como um descaso destacando que a equipe médica da unidade "têm se esforçado grandemente para oferecer um cuidado de excelência para as crianças do estado do Tocantins com empenho e profissionalismo", diz a nota dos profisssionais do HMA. 

Na nota técnica, os médicos também reclamam que os atrasos seriam recorrentes e por isso tornaram a manifestação pública sobre o fato cobrando assim providências para a regularizaçào dos pagamentos. 

"É necessário que todos saibam que temos feito o nosso máximo para que Araguaína seja referência no cuidado com o paciente pediátrico, mas nos sentimos impotentes diante da falta de compromisso conosco, também temos as nossas famílias e necessitamos receber pelo serviço prestado, afinal de contas esse é o nosso trabalho", diz a nota acrescentando ser importante a populaçào estar ciente da situação.

A gestão do HMA e UPA é de responsabilidade do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) mas dependem de repasses do Município, Estado e Governo Federal para pagar funcionar com o devido pagamento de servidores e fornecedores. 

Profissionais que atuam na UPA, procuraram nossa reportagem também para se manifestar sobre os atrasos: "Precisamos registrar que isso tem acontecido de forma recorrente, implicando em uma geral insegurança por parte dos profissionais, que se sentem desmotivados a permanecer na instituição, por não haver compromisso das instituições superiores no repasse da verba para pagamento dos médicos. Não podemos contar com o próprio salário, sendo este um direito garantido pela Constituição, e que infelizmente não vem sendo cumprido", diz um trecho da nota.

O que diz o Isac

"O ISAC esclarece que o atraso no pagamento de servidores e fornecedores é uma consequência dos repasses parciais de recursos que vêm acontecendo todos os meses desde fevereiro deste ano.

A total acumulado até o momento chega a pouco mais de R$ 5 milhões.

Diante do atual cenário, o ISAC é obrigado a fazer escolhas difíceis, como manter o abastecimento de materiais, medicamentos e demais insumos hospitalares e pagar colaboradores, prestadores de serviços e fornecedores.

Todavia, existe um esforço grande de toda a diretoria do instituto para efetuar todos os pagamentos em dia, principalmente dos colaboradores e prestadores de serviços, que são prioridades na gestão das unidades.

O ISAC tem trabalhado diuturnamente em parceria com o poder público para resolver a situação, a qual acredita-se que seja passageira.

Informamos, também, que os órgãos e entidades de fiscalização e regulação são frequentemente informados sobre o ocorrido".

Resposta da Prefeitura

Sobre o caso, a prefeitura se manifestou em nota através da  Secretaria Municipal da Saúde, garantindo que até o final do mês serão regularizados todos os repasses para o Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Hospital Municipal de Araguaína (HMA) e Ambulatório Municipal de Especialidades (AME).

Apesar dos atrasos, o município garante que os serviços e atendimentos estão sendo realizados normalmente na unidade.

 Confira na íntegra a nota técnica dos médicos

"Em nome dos médicos que trabalham no Hospital Municipal de Araguaína, viemos através de esta nota manifestar o repúdio contra o descaso que envolve o não pagamento dos salários dos médicos desta instituição, nas suas mais diversas especialidades.

Sabendo que a equipe médica desta unidade têm se esforçado grandemente para oferecer um cuidado de excelência para as crianças do estado do Tocantins com empenho e profissionalismo, e que o atraso no pagamento do salário tem sido algo recorrente, viemos tornar público tal fato, para que providências sejam tomadas para a regularização dessa situação o quanto antes.

Precisamos registrar que isso tem acontecido de forma recorrente, implicando em uma geral insegurança por parte dos profissionais, que se sentem desmotivados a permanecer na instituição, por não haver compromisso das instituições superiores no repasse da verba para pagamento dos médicos. Não podemos contar com o próprio salário, sendo este um direito garantido pela Constituição, e que infelizmente não vem sendo cumprido.

É necessário que todos saibam que temos feito o nosso máximo para que Araguaína seja referência no cuidado com o paciente pediátrico, mas nos sentimos impotentes diante da falta de compromisso conosco, também temos as nossas famílias e necessitamos receber pelo serviço prestado, afinal de contas esse é o nosso trabalho.

Consideramos a situação lamentável e queremos que a população esteja ciente da real situação do HMA, e da falta de compromisso com os médicos que prestam serviço nesta instituição.

Atenciosamente

Equipe Médica HMA

Nota dos profissionais da UPA

Em nome dos médicos que trabalham na Unidade de Pronto Atendimento de Araguaína (UPA), viemos através desta nota manifestar o repúdio contra o descaso que envolve o não pagamento dos salários dos médicos desta instituição.

Sabendo que a equipe médica desta unidade têm se esforçado grandemente para oferecer um cuidado de excelência para a população do município e demais cidades do Tocantins, com empenho e profissionalismo, e que o atraso no pagamento do salário tem sido algo recorrente, viemos tornar público tal fato, para que providências sejam tomadas para a regularização dessa situação o quanto antes.

Precisamos registrar que isso tem acontecido de forma recorrente, implicando em uma geral insegurança por parte dos profissionais, que se sentem desmotivados a permanecer na instituição, por não haver compromisso das instituições superiores no repasse da verba para pagamento dos médicos. Não podemos contar com o próprio salário, sendo este um direito garantido pela Constituição, e que infelizmente não vem sendo cumprido.