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Mulheres são destaques na Polícia Civil

10 março 2011 - 23h54

Preconceito e exigência versus sensibilidade e vaidade. Assim é marcada a vida profissional das mulheres, que há anos, batalham por seus direitos. E foi por reinvindicar igualdade perante os homens, que em 1910 foi decidido que no dia 8 de março seria comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data foi escolhida para homenagear as operárias que foram mortas em 1857, quando lutavam por melhores condições de trabalho.

A presença das mulheres nas polícias, Militar ou Civil, está cada vez maior, e no Tocantins não é diferente. Isso se dá devido à comprovação de que a ala feminina é capaz de manusear armamentos, pilotar aviões ou aplicar técnicas de condução de indivíduo, tão bem quanto os homens. Os desafios são semelhantes aos encontrados na maioria das profissões independente de ser homem ou mulher. O Delegado de Polícia, por trabalhar com a aplicação da lei, é bastante observado pela sociedade, que exige do profissional uma conduta ilibada, que deve ser um exemplo a ser seguido.

A presença feminina é destaque na Polícia Civil do Tocantins. A prova disso é que já chega a mais de 50 o número de delegadas e ainda há as que ocupam cargos de direção em diversos setores da PC, dentre elas estão as delegadas Jacqueline Guimarães e Sousa, Maria Haydee Alves Guimarães Aguiar que comandam as Delegacias Especiais de Defesa da Mulher.

Outra grande prova da capacidade da mulher, em comandar corporações dentro da PC, é a atuação da Delegada Rosalina Maria de Almeida, que dirige a 12º Delegacia Regional em Alvorada, que é composta por 07 municípios, sendo inclusive a única mulher a ocupar o cargo de Delegado Regional. Segundo ela, nunca houve preconceitos dentro da polícia, em relação a ela.

A mulher que trabalha em uma profissão com predominância quantitativa de homens, precisa se doar ao máximo, com dedicação muitas vezes superior à masculina, visando, assim, demonstrar que a capacidade intelectual é igual, diferida apenas pelo esforço subjetivo de cada um”, disse Rosalina. De acordo com a delegada, o papel das mulheres dentro da polícia é muito importante, principalmente em situações que exijam uma atuação muito próxima das pessoas. “A competência e a dedicação das mulheres no desempenho das suas tarefas estão contribuindo para que a visão de sensível e incapaz esteja desaparecendo”, disse.

Rosalina Maria de Almeida é formada em Direito pela Universidade Evangélica de Anápolis, especialista em Direito Público pela UNIDERP-MS, tem 33 anos de idade é casada há quase oito anos e não filhos. Trabalha há quase 13 (treze) anos na Polícia, sendo destes, 02 (dois) como Delegada na Polícia Civil do Tocantins, e os demais, na Polícia Militar do Estado de Goiás. Nasceu na cidade de Anápolis-GO, sendo a 8ª filha de uma família muito humilde, e com 09 (nove) irmãos. Concluiu o ensino fundamental e médio, em escolas públicas.

Antes de trabalhar na Polícia, trabalhou por quase dois anos na Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Goiás, onde exerceu a função de secretária por quase dois anos. Também foi panfleteira, secretária em consultório médico e garçonete.

Após o ingresso na Polícia Militar, em 1998, iniciou o curso de Direito, pago integralmente por ela mesma, com o salário recebido como soldado na Polícia Militar. Com a finalidade específica de ser Delegada de Polícia, fez especialização em Direito Público e em 2008 foi aprovada no concurso público para cargo de Delegada de Polícia no Estado, cuja nomeação ocorreu em 2009, quando começou a exercer a profissão.

Na Polícia Civil, trabalhou como Delegada Titular da Delegacia de Alvorada e Talismã e logo em seguida, no início do ano, foi convidada para desempenhar a função de Delegada Regional da 12ª DRPC, sediada em Alvorada. “Aceitei o convite prontamente, e agradeço pela confiança depositada em mim, pois acredito que este é um desafio a ser enfrentado, com muita responsabilidade, visando não desapontar os que acreditaram em minha capacidade”.

Para Rosalina, o trabalho de Delegado, que segundo ela é uma vocação, deve ser desempenhado com eficiência como em qualquer outra profissão, “Vou confessar que gosto do que faço e o perigo da profissão me atrai. Também gosto de ajudar as pessoas. Desta forma, procuro propiciar à sociedade, uma melhor segurança. Faço o que gosto, e ainda recebo um salário por isso”.

Atualmente seu trabalho como Delegada, foi destacado, por liderar duas grandes operações e conseqüentes investigações no combate ao crime de tráfico, sendo uma na cidade de Araguaçu e outra na cidade de Alvorada ambas com muitos benefícios trazidos à sociedade.

A delegada destaca como um dos grandes benefícios da profissão o trabalho em prol ao bem comum da sociedade, que deseja e luta por segurança. “Hoje a sociedade vive um momento de clamor por segurança. Tirar legalmente a liberdade das pessoas que cometeram crimes, quando a medida é cabível, faz um bem enorme à sociedade. Isto é a justiça legal”, concluiu. (Da Ascom SSJC)