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Sesau quer Tocantins livre da tuberculose

24 março 2011 - 17h22

“Tosse que não passa? Pode ser tuberculose! Procure o serviço de saúde. Tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito”. Este é um dos slogans que vem sendo trabalhado pela Sesau – Secretaria de Estado da Saúde, na busca
pela eliminação da tuberculose em todo Tocantins.

As ações estão sendo intensificadas nos municípios nesta quinta-feira, 24, quando é celebrado mundialmente o dia de combate a essa doença. A intenção é realizar um trabalho de busca ativa para encontrar novos casos da doença e levar até essas pessoas o acesso ao tratamento precoce e gratuito, além de incentivar e orientar o paciente a levar o tratamento até o final.

Tocantins
Em 2010, o Tocantins registrou 169 novos casos de tuberculose, apresentando uma incidência de 12,2 casos/100.000 habitantes. Desse total, 1,8% abandonaram o tratamento e 2,4% vieram a óbito. Em 2011, 31 pacientes já se encontram em tratamento na rede de assistência do SUS no Tocantins.

De acordo com a gerente de Núcleo de Doenças Respiratórias/Tuberculose, Patrícia Moreira Gomes, a Sesau tem desenvolvido ações de mobilização junto aos profissionais de saúde para o fortalecimento das estratégias de controle da tuberculose no Estado. Segundo ela, no decorrer dos próximos meses serão promovidas Campanhas de Intensificação de Sinais e Sintomas da doença, palestras para profissionais de saúde, escolas, empresas, em sala de espera nas unidades básicas de saúde, capacitação em Vigilância Epidemiológica para profissionais de enfermagem na padronização da Técnica de aplicação e leitura do Teste Tuberculínico (PPD) entre outras ações.

Divulgação
Ainda segundo Patrícia, a Secretaria disponibilizou aos municípios, material educativo como folder, cartazes e álbum seriado para serem utilizados em palestras. Ela acredita que desta forma haverá uma maior mobilização da população com informações a cerca da doença e da importância do seu tratamento. Patrícia também espera que durante este ano aconteça uma melhora na busca por uma detecção precoce da doença e desta forma, possibilite a quebrar da cadeia de transmissão, pois “quanto mais cedo for tratada, mais cedo será impedido que a transmissão da doença aconteça”, ressalta.

A doença
A Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Poré, vale lembrar que outras espécies de microbactérias podem produzir quadro clínico semelhante ao da tuberculose.

Transmissão
A transmissão da doença se dá de forma direta, de pessoa para pessoa, especialmente através do ar. A pessoa infectada pode expelir, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva contendo o agente infeccioso que podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o.

Segundo o MS – Ministério da Saúde, somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença, no entanto, as pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose. O período de incubação é em média, de 4 a 12 semanas até a descoberta das primeiras lesões, mas grande parte dos novos casos de doença pulmonar ocorre por volta de 12 meses após a infecção inicial.

Sintomas
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns meses. Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração.

Tratamento
A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% dos casos novos, sensíveis aos medicamentos anti-TB, desde que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa, a adequada operacionalização do tratamento, doses adequadas e uso por tempo suficiente. 
 
Para assegurar a cura, o paciente deve obedecer ao período mínimo do tratamento que é de seis meses, sem interrupção. O tratamento só termina quando o médico confirma a cura total do paciente.

Prevenção
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. No entanto, é importante ressaltar que as crianças soropositivas ou recém-nascidas que
apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção também inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.