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POLÊMICA

E-mail enviado pela assessoria do Ministério Público do Estado causa polêmica

18 abril 2011 - 09h30

Na conta de e-mail da assessoria do Ministério Público Estadual do Tocantins foi divulgada texto com crítica à defesa dos direitos humanos para adolescentes infratores. A assessoria do MP disse que o caso reflete a posição pessoal do fotógrafo Ronaldo Mitt e foi um “equívoco”.

O texto foi distribuído no mesmo dias em que a assessoria divulgou que a Promotoria denunciou os rapazes sob acusação de matar o ativista e militante dos direitos Humanos, Sebastião Bezerra da Silva, 40 anos, morto no dia 27 de janeiro em Gurupi.

Aparentando uma corrente de e-mail, o texto foi escrito em forma de uma carta de uma mãe que teve o filho assassinado pelo filho adolescente de outra mulher: "NUNCA apareceu nenhum representante destas 'entidades' que tanto lhe confortam para me dar uma palavra de conforto e talvez me indicar 'os meus direitos'!", diz o e-mail.

O texto continua: "Se concordar, circule este manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil. DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS...!!! (sic)".

A assessoria do Ministério Público disse que o e-mail não reflete a opinião da instituição, "que trabalha bastante a favor dos direitos humanos", e que será aberta uma sindicância para apurar a responsabilidade do servidor que divulgou a mensagem.

Segundo a assessoria, o autor da divulgação foi o fotógrafo Ronaldo Mitt, que trabalha no local. O funcionário disse à que não pretendia usar o e-mail da assessoria para distribuir o texto. "Minha intenção era pegar os endereços e trazer para o meu e-mail pessoal, mas acabei mandando".

Mitt disse que "acabou dando uma bobeira" e ele clicou na "coisa errada". "Eu errei, foi falha minha", disse. Ele afirmou que a posição crítica aos direitos humanos é uma posição pessoal e não da Promotoria.

Outras gafes
O caso remete a dois casos recentes em que funcionários também utilizaram a estrutura de internet de órgãos oficiais para divulgar posições pessoais. Em fevereiro, uma mensagem no Twitter oficial do STF (Supremo Tribunal Federal) defendeu que o presidente do Senado, José Sarney (PDMB-AP), pendurasse as chuteiras. O texto foi apagado e a funcionária responsável, dispensada.

Em março, após a morte do vice-presidente José Alencar, o Twitter da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo publicou : "PQ foi o José Alencar e não o #Sarney?". A secretaria apagou a mensagem e lamentou o ocorrido. (Do Atitude Tocantins com informações do jornal Folha.com)