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Gigante da soja investirá R$ 380 milhões no Tocantins

27 julho 2011 - 09h18

Um investimento de R$ 385 milhões, mais de 650 empregos diretos e uma capacidade de produção inicial de 2 mil toneladas de soja esmagadas por dia. Assim pretende operar a Granol Indústria, Comércio e Exportação S/A, que terá sua pedra fundamental lançada nesta quinta-feira, 28, em Aguiarnóplois, com a presença do governador Siqueira Campos.

Segundo o diretor da empresa, Juan Diego Ferrés, o município de Aguiarnópolis foi escolhido por seu futuro logístico privilegiado pela navegação através do Rio Tocantins no futuro e pela ferrovia Norte Sul que está em construção, além da BR 153. A instalação da empresa respeita o tempo de encontro das três modais. “Este projeto foi elaborado para acontecer de uma forma evolutiva e constitui de três fases. Esta primeira será de esmagamento de soja, que deve começar com uma capacidade de mil toneladas por dia até atingir sua capacidade de duas mil toneladas por dia. Nesta fase também esta incluída a parte de armazenamento, recebimento de grãos, quando teremos uma geração de 280 empregos diretos e calculamos uma relação de cinco empregos totais para cada um direto”, afirmou.

Para o empresário, como o projeto estruturante, o retorno vem em longo prazo e acompanha o desenvolvimento da região, principalmente o desenvolvimento que o próprio empreendimento vai gerar na produção local de matérias primas. “Na segunda fase a gente idealiza verticalizar para o produto final, na linha de produção de óleos alimentícios embasados, que serão consumidos na região Nordeste brasileira e na região dos rios amazônicos e na produção de biodiesel. Ai incluímos o desenvolvimento de outras matérias primas, além da soja, para a produção de biodiesel”, afirma acrescentando que estas matérias podem ser o dendê, macaúba, entre outros, destacando que “na terceira fase, temos o aumento da capacidade de produção e a industrialização destes produtos”.

Ainda segundo Ferrés, o beneficiamento da soja será todo no município de Aguiarnópolis e o material usado será comprado naquela região e em todo Estado do Tocantins. “Na verdade já temos algumas unidades que começaram junto com o projeto, em 2008, em Porto Nacional e Figueirópolis. Além destas localizações temos previstos mais quatro unidades, número que pode aumentar com o crescimento do empreendimento. Então teremos em todo o Estado unidades de armazenamentos, como estímulo à produção agrícola”.

Mão de obra
Para o empresário, parte do processo de investimento é garantir a qualidade da mão de obra. “Nossa preocupação é estruturar ações formadoras de mão de obra local para nos atender. Por isso além de políticas sociais, pretendemos firmar convênios para incentivar a qualificação do pessoal da própria região”, afirmou.

Incentivo
Segundo o empresário, “assim que assumiu o cargo, o governador Siqueira Campos nos transmitiu que podíamos contar com todo o apoio e ele vem se empenhando e por isso estamos sintonizando com os secretários por ordem do governador, para abreviar o quanto possível os tramites necessários”, afirmou, acrescentando que a participação do Governo do Estado é fundamental.

“Com a fase de transição no governo federal, houve uma lentidão dos projetos no contexto de logística que viabiliza o projeto. A lentidão nas obras prejudica o cronograma dos projetos, pois ao mesmo tempo em que a parte industrial e de matéria prima caminha, os modais precisam permitir o avanço em relação ao futuro. Por isso, dentre as conversas que estamos tendo com alguns secretários é para que o Governo Estadual nos ajude, viabilizando as obras, junto ao Governo Federal”, afirma Ferrés.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Jaime Café, também falou sobre os incentivos do Governo. “O Estado já viabilizou uma licença ambiental que estava com mais um ano e meio emperrada dentro do Naturatins. O Governo tem as políticas de incentivos fiscais e um dos fatores primordiais foi a empresa acreditar que este Governo, com sua competência e seu desprendimento, vai criar condições para que mais produtores se estabeleçam e com isso tenham matéria prima aqui mesmo”, afirmou.

Agricultura
Para Jaime Café, “o Estado do Tocantins só tem a ganhar com a geração de emprego e renda, mas para o produtor do campo é um momento especial, pois não temos uma planta de esmagadora de soja. A Granol se instalando aqui é uma garantia de que o produtor tem de comercializar seus produtos aqui mesmo, pois a empresa vai dispor de alguns incentivos e, consequentemente, pagar melhor pelos produtos. Além dos produtos com valores agregados, teremos os subprodutos que é a torta de soja, para que a gente possa fomentar algumas plantas de confinamentos de bovinos, além de um custo menor para o produtor de frango, na compra da ração, assim como o produtor de suíno”, enfatizou.

A Granol
Fundada em 1965, a GRANOL é uma empresa 100% brasileira dedicada à produção e comercialização de grãos, farelos e óleos vegetais e biodiesel para o mercado interno e externo. A empresa possui cinco complexos industriais, 23 regionais de compra e armazenagem de grãos, duas usinas de biodiesel, localizadas em Anápolis/GO e Cachoeira do Sul/RS, uma fábrica de lecitina em Anápolis/GO, um terminal marítimo e outro fluvial, além do escritório matriz em São Paulo. Soma-se a isso, mais de 2.000 colaboradores, capacidade estática de armazenamento superior a 500.000t de grãos e farelos, 39.000t de tancagem para óleos, esmagamento de 2.010.000t/ano, refino de 2805.000t/ano de óleo bruto e envase em 250 milhões de unidades/ano (latas/fibra-pack/garrafas PET) e 7 mil clientes ativos. A Granol está entre as 50 maiores empresas de Agronegócios do Brasil. (Com informações da Secom do site oficial da empresa)