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TOCANTINS

Pesquisa estuda a cultura de quilombolas no Estado

22 novembro 2011 - 17h09

Os povos remanescentes de Quilombos chamam a atenção pelos seus costumes. Nas Comunidades de Lagoa da Pedra, em Arraias, a 415 km de Palmas, e Redenção, em Natividade, região Sudeste, por exemplo, são cerca de dois séculos de história.

Porém, no Tocantins, é preciso avançar mais no conhecimento sobre os aspectos históricos, culturais, linguísticos e sociais dessa população. Com a intenção de estudar de maneira científica as comunidades, a pesquisadora da Universidade Federal do Tocantins, Karylleila dos Santos Andrade desenvolve uma pesquisa com o apoio da Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia, por meio do PPP – Programa Primeiros Projetos, desenvolvido em parceria com o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Dos 20 grupos já reconhecidos como remanescentes de quilombolas o projeto científico vai trabalhar diretamente com as comunidades Morro de São João, no município de Santa Rosa; Corrente Grande e Malhadinha, em Brejinho de Nazaré; Redenção, em Natividade; e Lagoa da Pedra, em Arraias, na região Sudeste. “Nós escolhemos estes grupos pela proximidade e pelo valor histórico que eles têm para o Tocantins”, explica a pesquisadora.

O estudo tem a participação das pesquisadoras Kátia Maia Flores, doutora em História, Roseli Bdnar, mestre em Literatura, e de alunos dos cursos de artes e filosofia da UFT. No primeiro momento será feito um contato de reconhecimento para que a comunidade perceba a importância da pesquisa para o local.

“O projeto aborda os conhecimentos desses povos porque nós não temos ainda um trabalho de pesquisa do ponto de vista das práticas culturais e históricas dessas comunidades”, informa Karylleila, que é doutora em Linguística,

A pesquisadora também destaca que o intuito do estudo é sistematizar o conhecimento dos povos quilombolas do ponto de vista acadêmico e intelectual, para que a sociedade conheça as práticas culturais e sociais dessa população afrodescendente.

No final da pesquisa que será realizada no prazo de dois anos será publicado um livro com as informações e dados obtidos a partir das visitas às comunidades, e também um acervo fotográfico e um vídeo. Ainda será montado um espaço em cada comunidade, onde o morador terá acesso ao material da pesquisa. “Queremos ainda que o projeto seja ampliado e ganhe mais abrangência, gerando outras pesquisas e estudos,” comentou a pesquisadora.