Mais de dez dias após notificarem oficialmente a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), os anestesiologistas que atuam nos hospitais públicos e conveniados do Tocantins anunciaram a suspensão dos atendimentos eletivos e de mutirões a partir desta quinta-feira (30). Segundo os profissionais, a medida ocorre devido ao inadimplemento contratual por parte do Estado.
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A categoria afirma que o governo ainda não apresentou definição sobre o pagamento pelos serviços prestados e que a dívida acumulada já ultrapassa R$ 25,5 milhões. “A Secretaria se manteve inerte diante da situação”, informaram os anestesiologistas, destacando que houve apenas um pagamento parcial em 3 de outubro, referente a valores de fevereiro deste ano.
SERVIÇOS DE URGÊNCIA
De acordo com os profissionais, os atrasos nos repasses têm comprometido a continuidade dos serviços e o sustento dos médicos que atuam nas unidades hospitalares estaduais. Apesar da promessa de regularização feita pelo Governo do Tocantins, o grupo afirma que não houve retorno concreto.
Com isso, foi estabelecido um novo prazo de cinco dias úteis para que o Estado apresentasse um plano efetivo de quitação dos débitos e normalização dos pagamentos — prazo que se encerra nesta semana.
A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest/TO) comunicou oficialmente a suspensão total dos atendimentos eletivos, incluindo os mutirões do Programa de Aprimoramento da Gestão Hospitalar (PAGH-Cirúrgico). Apenas os atendimentos de urgência e emergência continuarão funcionando.
COMUNICADO VISA EVITAR NOVOS PREJUÍZOS
Em nota, a Coopanest/TO reforçou que a medida busca evitar o agendamento de cirurgias eletivas e de mutirões, reduzindo prejuízos a pacientes e demais profissionais envolvidos.
O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde para comentar o caso e aguarda posicionamento.

Foto: Reprodução






