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"GARGALO HISTÓRICO"

Auditoria revela rombo de R$ 1,4 milhão no Igeprev e governo reage com mais de 400 processos

25 novembro 2025 - 08h54Por Da Redação

O governador em exercício, Laurez Moreira, apresentou nesta segunda-feira (24) um balanço das mudanças no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev-TO) e revelou um dos maiores problemas encontrados pela atual gestão: o pagamento indevido de benefícios a segurados, prática que, segundo ele, vinha sendo ignorada há anos.

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De acordo com o levantamento, 426 pagamentos irregulares foram identificados nos primeiros meses de trabalho, somando R$ 1.415.478,03. Os beneficiários já foram notificados e deverão devolver os valores, conforme orientação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

“GARGALO HISTÓRICO” E SISTEMA ULTRAPASSADO

Laurez classificou o problema como um "gargalo histórico", agravado pela fragilidade dos controles internos e pelo uso de um sistema operacional manual.

“Encontramos pagamentos duplicados, retroativos distorcidos e um sistema que abria margem para erros graves. Estamos estancando a sangria e garantindo que cada centavo seja cuidado com seriedade”, afirmou.

R$ 300 MILHÕES PRESTES A PRESCREVER

A gestão também descobriu outro risco financeiro: cerca de R$ 300 milhões em compensações previdenciárias que estavam prestes a prescrever por falta de iniciativa da administração anterior.

“Fomos buscar o que o Igeprev tinha a receber e encontramos uma dívida de R$ 300 milhões do INSS com o Estado. Já estamos atuando para garantir esse recurso”, disse Laurez.

MODERNIZAÇÃO E OPERAÇÃO PARA RECUPERAR RECURSOS

A presidente do Igeprev, Bárbara Mendes, explicou que a origem dos erros estava na manutenção de um sistema manual, sem mecanismos automáticos de controle. Agora, a plataforma foi totalmente parametrizada, com novas regras e revisão de fluxos.

“Modernizamos tudo, mudamos equipes, abrimos sindicâncias e instauramos 426 processos para recuperar valores pagos irregularmente”, informou.

Ela também destacou que o tempo de concessão de benefícios caiu de até dois anos para três meses — e, em alguns casos, para apenas um mês — após reforço de pessoal e reorganização interna.

CORTES EM CONTRATOS E REVISÃO DA PREVIDÊNCIA

Laurez afirmou que contratos milionários para estudos atuariais — alguns acima de R$ 5 milhões — foram cancelados por serem considerados excessivos. Novos estudos foram contratados com menor custo, sem perda técnica.

O governador explicou ainda a reorganização previdenciária com a segregação de massa: aposentadorias até 2012 continuam sob responsabilidade do Estado, enquanto servidores posteriores contribuem para um fundo mais equilibrado.

AUSTERIDADE EM TODA A ADMINISTRAÇÃO

Durante a coletiva, Laurez reforçou que a política de austeridade se estende a toda a máquina pública. Despesas que considera elevadas — como voos, viagens internacionais e eventos — estão sendo reavaliadas, com redirecionamento de recursos para áreas prioritárias.