DNIT inicia resgate de caminhão que caiu com a ponte JK, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) - Crédito: Arquivo Pessoal Um caminhão modelo VOLVO/FH 500, que estava no fundo do Rio Tocantins desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, começou a ser retirado da água. O veículo foi içado com ajuda de balões de reflutuação, nove meses após a tragédia que deixou mortos e desaparecidos.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a previsão é que a retirada completa do caminhão ocorra neste sábado (11).
TRAGÉDIA NA BR-226
A ponte Juscelino Kubitschek, que ligava os estados do Tocantins e Maranhão pela BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou no dia 22 de dezembro de 2024. No momento do colapso, carretas, caminhonetes e carros de passeio caíram junto com o vão central da estrutura.
As equipes de resgate localizaram 14 corpos e confirmaram três pessoas desaparecidas até hoje. Uma pessoa sobreviveu. Em fevereiro, o que restou da ponte foi implodido para permitir a reconstrução da nova estrutura.
OPERAÇÃO DE RETIRADA
A operação para resgatar o caminhão começou na quinta-feira (9), com uma equipe formada por dez mergulhadores. Foram usados balões de reflutuação com capacidade para cinco toneladas cada, o que permitiu elevar o veículo, que estava soterrado sob escombros e com a cabine totalmente assoreada.
Conforme o DNIT, após a elevação, o caminhão será rebocado até a margem do rio neste sábado (11).
VEÍCULOS SUBMERSOS E IMPACTO AMBIENTAL
No momento do desabamento, por volta das 14h50 de 22 de dezembro de 2024, havia sobre a ponte duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões. Três desses caminhões transportavam ácido sulfúrico e agrotóxicos.
A retirada dos veículos e dos galões exigiu mapeamento técnico da área submersa e estudos ambientais prévios. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acompanha a operação para garantir que não haja contaminação do rio.
Segundo o órgão, um relatório técnico está sendo elaborado após vistorias no local para avaliar possíveis impactos ambientais.
