Entre os municípios, Piraquê registrou o maior percentual de moradores vivendo em união, com 61,3%. - Crédito: Imagem Ilustrativa Os resultados de nupcialidade divulgados pelo Censo 2022 mostram que 346 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos declararam viver em união conjugal no Tocantins. O levantamento expõe que os casamentos precoces ainda fazem parte da realidade brasileira, especialmente para meninas, e apresenta um retrato da estrutura familiar no estado.
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Considerando a população com 10 anos ou mais, 51,4% viviam em união no momento da coleta; 16,7% não estavam em união, mas já haviam vivenciado alguma anteriormente; e 31,6% nunca tinham vivido em estado conjugal.
LEGISLAÇÃO PROÍBE
O IBGE esclareceu que as informações são declaradas pelos moradores durante a entrevista, sem exigência de documentos. Assim, os registros podem refletir percepções pessoais sobre estado civil ou até erros no preenchimento.
Desde 2019, o Brasil proíbe o casamento civil de menores de 16 anos. O Instituto destacou, porém, que não é sua função verificar a legalidade das relações, mas registrar o que foi informado para embasar políticas públicas.
PIRAQUÊ LIDERA PERCENTUAL
Entre os municípios, Piraquê registrou o maior percentual de moradores vivendo em união, com 61,3%. Em seguida apareceram Santa Terezinha do Tocantins (60,7%) e Sandolândia (59,6%).
Os maiores índices de pessoas que não estavam em união, mas já haviam vivido anteriormente, foram observados em Recursolândia (27,1%), Arraias (22,8%), Wanderlândia (21,2%) e São Valério (21,1%).
No grupo dos que nunca viveram em união, São Félix do Tocantins alcançou 43,1%, seguido por Lizarda (39,9%) e Luzinópolis (39,3%).
FAIXA DE 10 A 14 ANOS
Embora registre 346 casos, a faixa de 10 a 14 anos é a menor entre aquelas em união conjugal. Os maiores contingentes estão entre pessoas de 35 a 39 anos (85.997) e de 40 a 44 anos (83.492). No total, 652.163 tocantinenses declararam viver em união.
UNIÕES CONSENSUAIS
O levantamento mostrou que 43,8% da população vivia em união consensual. Uniões formalizadas no civil e religioso corresponderam a 28,1%, enquanto casamentos apenas civis somaram 23,1% e apenas religiosos, 5%.
Sobre o sexo dos cônjuges, o Censo identificou 648.594 uniões entre pessoas de sexos diferentes e 3.569 uniões homoafetivas — sendo 1.549 entre homens e 2.020 entre mulheres.
MAIS DE 90 MIL MORADIAS TÊM APENAS UM MORADOR
O Censo também avaliou domicílios unipessoais. Das 90.661 residências com apenas um morador, 31.901 tinham responsáveis com 60 anos ou mais, o equivalente a 35,2%. Pessoas de 50 a 59 anos representaram 19,5%.
Os menores índices foram entre jovens: apenas 1.569 tinham menos de 20 anos e 12.029 tinham entre 20 e 29 anos. No total, 54.300 homens e 36.361 mulheres viviam sozinhos.
CASAIS COM FILHOS
Na composição familiar, 43,1% das famílias eram formadas por casais com filhos. Casais sem filhos representaram 22,3%.
Mulheres sem cônjuge e com filhos foram 12,4%, número quase seis vezes maior que o de homens nessa mesma condição, que representaram 2,1%.
Casais sem filhos que moravam com parentes somaram 4,2%, enquanto casais com filhos nessa condição eram 4,3%. Entre pessoas sem cônjuge que conviviam com parentes, mulheres representavam 3,9% e homens, 0,6%. Outros formatos de arranjos apareceram em 7,3% dos domicílios.
