Palmas
25º
Araguaína
24º
Gurupi
22º
Porto Nacional
23º
SUPERMERCADOS CAMPELO 2
Supermercados Campelo Agosto
TOCANTINS

Hospitais confirmam suspensão de atendimentos eletivos do Servir e SUS

08 dezembro 2025 - 18h34Por Da Redação

O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Tocantins (SINDESTO) confirmou que manterá a suspensão dos atendimentos eletivos do Servir e do SUS conveniado a partir do dia 9 de dezembro, caso o Governo do Estado não regularize os pagamentos em atraso. A decisão permanece mesmo após o governador Wanderlei Barbosa reassumir o cargo na última sexta-feira (5), já que, segundo o setor, não houve qualquer mudança financeira desde então.

Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.

DÍVIDAS SEM PAGAMENTO E SEM PREVISÃO

Representantes da rede privada afirmam que não houve sinalização de repasse, nem apresentação de cronograma para quitação das competências em aberto. Em carta aberta divulgada no dia 3, o SINDESTO informou que a competência de junho de 2025 do Servir não foi paga e que ainda restam pendências do convênio SUS referentes a 2024. O sindicato relata que vários ofícios foram enviados ao governo, mas sem retorno efetivo.

SETOR APONTA CENÁRIO INSUSTENTÁVEL

Hospitais e clínicas conveniadas afirmam enfrentar uma situação crítica, com salários, fornecedores e insumos comprometidos pela falta de repasses. Caso a suspensão seja confirmada, todos os procedimentos eletivos serão interrompidos nas unidades que aderirem ao movimento, afetando diretamente milhares de servidores estaduais atendidos pelo Servir e pacientes do SUS na rede conveniada.

SERVIR TEM DÉFICIT DE R$ 30 MILHÕES

Em outubro, o próprio governo reconheceu que o Servir opera com déficit mensal de cerca de R$ 30 milhões. À época, a Secad informou ter quitado apenas a fatura de junho e que os demais pagamentos dependiam de previsão orçamentária. Em novembro, após pressão dos prestadores e servidores, a pasta afirmou ter pago as competências de maio e junho e iniciado o repasse de julho, mas não divulgou cronograma para os meses seguintes. Prestadores contestam que junho não foi pago.

GOVERNO É COBRADO POR TRANSPARÊNCIA

A instabilidade na rede credenciada provocou uma onda de reclamações de servidores, que pedem mais transparência e cobram que o governo suspenda a cobrança em folha enquanto o plano opera de forma irregular. A reportagem questionou a Secad sobre o total devido, previsão de pagamento, divergências sobre a competência de junho e medidas para evitar a suspensão. A pasta ainda não respondeu.