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"ATÉ O ÚLTIMO CORRUPTO!"

Laurez é alvo de pedido de impeachment protocolado hoje na Assembleia

11 novembro 2025 - 11h47Por Da Redação

O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira (PSD), passou a ser alvo de um pedido de impeachment protocolado na manhã desta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). Com o novo protocolo, o Parlamento estadual soma seis pedidos de impeachment em análise — cinco contra o ex-governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e agora um contra Laurez. Nenhum deles foi levado à votação até o momento.

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“DESCONTINUIDADE ADMINISTRATIVA”

O pedido foi apresentado pelo advogado Fábio Natiêr, presidente da Comissão de Direito Eleitoral e Municipalista da OAB de Araguaína, que afirma ter agido de forma independente, sem vínculos partidários. No documento, ele alega que o governo de Laurez promoveu uma “descontinuidade administrativa” e demissões em larga escala desde que assumiu o cargo.

Segundo Natiêr, 5.871 servidores foram exonerados — uma média de 90 desligamentos por dia útil —, enquanto 2.276 novas contratações já teriam sido realizadas. “O pedido foi motivado pelas cinco mil famílias afetadas pelas exonerações. Não há motivação política. O próprio governo reconhece dificuldades financeiras, mas o Estado tem nota A em capacidade de gestão”, declarou.

NEPOTISMO E USO DE REDES INSTITUCIONAIS

O advogado também contesta o decreto de emergência financeira editado por Laurez e aponta possível nepotismo na nomeação de Juarez Moreira, filho do governador, para o secretariado estadual.

De acordo com Natiêr, embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha flexibilizado o entendimento sobre nepotismo em cargos políticos, a nomeação “não atende aos critérios definidos pela Corte” e “fere os princípios da moralidade administrativa”.

O texto ainda menciona o uso de redes sociais e canais oficiais do governo supostamente para fins pessoais ou políticos, o que, segundo ele, configuraria uso irregular da estrutura pública.

“TEM QUE SAIR ATÉ O ÚLTIMO CORRUPTO”

Questionado sobre o fato de que, em caso de eventual cassação, o comando do Executivo passaria ao presidente da Aleto, Amélio Cayres — investigado na Operação Fames-19 —, o advogado respondeu:

“Tem que sair até o último corrupto, na medida de suas ações. Não podemos aceitar o errado apenas por ser comum.”

POSICIONAMENTOS PENDENTES

A reportagem do Portal O Norte entrou em contato com o Governo do Tocantins e com a Assembleia Legislativa para comentar o pedido de impeachment e aguarda resposta.