Uma vistoria realizada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) na ala ortopédica do Hospital Geral de Palmas (HGP), no dia 2, constatou que permanecem falhas graves em climatização, limpeza e equipamentos. Os problemas seguem mesmo após a Justiça determinar, em liminar de 22 de agosto, que o Estado apresentasse, em 30 dias, um plano de ação para corrigir as irregularidades.
O promotor de Justiça Thiago Ribeiro Vilela avaliou que o Estado permanece omisso e afirmou que informará nos autos o descumprimento da liminar, além de solicitar ao magistrado a aplicação de medidas coercitivas.
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CLIMATIZAÇÃO CONTINUA DEFICIENTE
Durante a inspeção, seis salas da ala ortopédica estavam sem ar-condicionado ou com aparelhos inoperantes. Diante do calor, familiares dos pacientes levaram ventiladores particulares para tentar amenizar a temperatura. Foram identificados 13 ventiladores trazidos de casa.
LIMPEZA INSUFICIENTE
A vistoria apontou piso sujo, lixeiras das enfermarias transbordando — inclusive com restos de alimentos — e ausência de insumos básicos no depósito de material de limpeza. O setor estava sem botas de borracha, desinfetante hospitalar e detergente. Apenas um profissional de limpeza atuava na ala no momento da fiscalização.
MOBILIÁRIO PRECÁRIO
A equipe do MPTO verificou que, para uma ala com 26 leitos e pacientes com mobilidade reduzida, havia apenas uma cadeira de banho disponível, em condições inadequadas e com ferrugem. Profissionais relataram ainda escassez de sacos coletores de urina, luvas e seringas, comprometendo a rotina assistencial.
PROCESSO JUDICIAL
A ação civil pública que pede providências para a ala ortopédica do HGP foi proposta pela 19ª Promotoria de Justiça da Capital em agosto deste ano. Com o novo relatório, o MPTO deve reforçar no processo a necessidade de medidas imediatas para garantir condições mínimas de atendimento.






