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RETRATO POPULACIONAL

População pobre cai no TO, mas 372 mil ainda vivem com menos de R$ 700 por mês

12 dezembro 2025 - 09h40Por Da Redação

A pobreza no Tocantins recuou entre 2023 e 2024, mas ainda afeta uma parcela expressiva da população. Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), baseada nos parâmetros do Banco Mundial, 23,9% dos tocantinenses — cerca de 372 mil pessoas — viviam em 2024 com renda mensal inferior a R$ 694. Em um ano, 69 mil pessoas deixaram essa condição.

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A extrema pobreza também caiu, passando de 4,2% para 3,8%, o que representa cerca de 6 mil pessoas a menos nessa faixa. Mesmo assim, 60 mil tocantinenses ainda sobrevivem com menos de R$ 218 por mês.

O cenário acompanha a melhora nacional: 8,6 milhões de brasileiros saíram da pobreza em 2024.

PROGRAMAS SOCIAIS EVITAM TRIPLICAÇÃO DA EXTREMA POBREZA

O estudo mostra que políticas de transferência de renda seguem essenciais. Sem programas como o Bolsa Família, a extrema pobreza saltaria de 3,8% para 10,3% no Tocantins — praticamente o triplo. Já a taxa de pobreza subiria para 31,6%.

A manutenção dos benefícios em níveis mais elevados e a melhora no mercado de trabalho foram decisivas. A extrema pobreza é reduzida principalmente por políticas sociais, enquanto a queda da pobreza mais ampla é impulsionada pelo aumento da renda do trabalho.

EDUCAÇÃO ATINGE QUASE A UNIVERSALIZAÇÃO ENTRE CRIANÇAS

O Tocantins continua registrando ampla cobertura escolar:

• 99,5% das crianças de 6 a 10 anos estavam na escola em 2024
• 99,9% entre 11 e 14 anos
• Média geral entre 6 e 14 anos: 99,7%

A maioria dos estudantes (91,4%) está na rede pública. Em Palmas, o peso da rede privada é maior, com 20,7% dos alunos matriculados em escolas particulares.

No ensino superior, o cenário se inverte: 60,3% estudam em instituições privadas.

Por outro lado, o estado tem a segunda maior taxa de analfabetismo do Norte, com 6,6% entre pessoas acima de 15 anos — superior à média nacional (5,3%).

JOVENS QUE NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM

O levantamento aponta que 79 mil jovens de 15 a 29 anos estavam na condição de "NENs" — nem estudam, nem trabalham — em 2024. Outros:

• 100 mil só estudavam
• 167 mil estavam ocupados
• 54 mil conciliavam trabalho e estudo

Entre jovens de 18 a 25 anos, o tempo médio de estudo chegou a 12 anos, acima da média nacional (11,9).

DESEMPREGO CAI 

O mercado de trabalho tocantinense registrou melhora expressiva. Em 2024:

• Desocupação caiu para 5,5%, a menor desde 2012
• Nível de ocupação chegou a 60,3%
• Formalização alcançou 44,5%
• Estado tem 754 mil pessoas ocupadas e 44 mil desocupadas

O rendimento médio do trabalho principal ficou em R$ 2.671, e a renda total considerando todas as atividades chegou a R$ 2.788. O ganho por hora foi de R$ 16,8 no emprego principal.