O Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou nesta sexta-feira (3) as medidas cautelares impostas ao ex-governador Mauro Carlesse (Agir) e ao sobrinho Claudinei Quaresemin, ex-secretário de Estado. A decisão foi proferida pelo ministro Mauro Campbell, reconhecendo nulidade de medidas adotadas anteriormente.
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PRISÃO PREVENTIVA E PLANO DE FUGA
Carlesse havia sido preso preventivamente em 15 de dezembro de 2024, em São Valério, sob suspeita de envolvimento em esquema de corrupção e tentativa de fuga para o Uruguai e Itália. A Justiça havia identificado que documentos e residência no exterior teriam sido providenciados para possibilitar a saída do país.
DEFESA CELEBRA REVOGAÇÃO
A defesa de Carlesse afirmou que a prisão foi injusta e sem provas, destacando que o STJ reconheceu a nulidade da medida desde a origem. Com a decisão, foram revogadas medidas como comparecimento bimestral em juízo, proibição de manter contato com investigados e testemunhas, restrição de saída da comarca, exercício de cargo público e viagem ao exterior.
HISTÓRICO DE INVESTIGAÇÕES
O ex-governador é alvo de pelo menos cinco investigações relacionadas a corrupção, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato. Entre os casos, destacam-se as operações Hygea e Éris, que apuram supostos pagamentos de propina no plano de saúde dos servidores públicos, e a operação que investiga fraudes em contratos de infraestrutura de 2018.


Medida também atende pedido de Claudinei Quaresemin, ex-secretário de estado e sobrinho de Carlesse - Crédito: Divulgação 


