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Bancários no Tocantins analisam propostas de reajustes salariais ainda hoje

13 outubro 2010 - 12h27

Bancários de todo o país realizam assembleias nesta quarta-feira,13, para avaliar as propostas dos bancos privados e oficiais que oferecem reajuste médio de 7,5%, mais correções diferenciadas de benefícios. Diante do ganho real de 3,08% proposto pelos bancos, a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e do Comando Nacional dos Bancários é pela suspensão da greve e volta ao trabalho na quinta-feira, 14.

A informação é do presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, divulgada nessa terça-feira,12. Ele diz que, além do aumento real de salário para quem ganha até R$ 5.250, o que atinge 85% dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) garante valorização dos pisos em até 16,33%, maior participação nos lucros e resultados (PLR), combate ao assédio moral e avanços na parte de segurança.

O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal garantem reajuste de 7,5% para todos os salários, sem a limitação proposta pela Fenaban, e elevação de 12,99% no piso salarial, que passa para R$ 1,6 mil. O BB promete ainda implantar uma classificação de mérito no plano de carreiras, cargos e salários, com efeito retroativo a 2006.

A Caixa também se compromete a elevar o piso para R$ 1.637 depois de 90 dias e oferece acréscimo linear de R$ 39 em todas as referências do Plano de Cargos e Salários. Além da proposta de PLR acordada na mesa unificada, a direção da Caixa promete 4% do lucro líquido da instituição, com distribuição linear para todos os funcionários.

Tocantins

No Tocantins, os bancários reúnem-se em assembléia, a partir das 18 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Tocantins (Sintec), em Palmas, para discutirem a aceitação ou não da nova proposta de reajuste salarial de 7,5% da categoria, feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em São Paulo na última segunda-feira, 11, definida em reunião com a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN/Contec), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, buscando uma solução para a presente data-base, havendo recebido as contrapropostas já divulgadas.

Embora as contrapropostas apresentadas nas mesas de negociação não tenham atendido a totalidade das reivindicações da categoria, especialmente no que se refere à isonomia e abono dos dias parados, entende-se ter havido avanços em relação às contrapropostas anteriores, graças ao maior movimento grevista dos últimos 20 anos.



A greve e sua abrangência

Após realização de assembléia na sede do Sintec-TO, em Palmas, no dia 28 de setembro os bancários do Estado do Tocantins votaram pela realização da greve. A categoria solicita um reajuste salarial de 11%, maior participação nos lucros e melhores condições de trabalho. A primeira proposta de reajuste feita pelos banqueiros foi de apenas 4,29%. Dessa forma, por meio de votação secreta, a categoria decidiu pela paralisação das atividades bancárias.

Em todo o Tocantins são 103 agências bancárias dentre bancos públicos e privados (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco Real, HSBC), somando um total de mais de 1.200 bancários. Só na Capital existem 15 agências. A paralisação deste ano somou mais de 50 agências fechadas no interior do Estado e Capital. (Com informações da Agência Brasil e da assessoria de imprensa do Sintec-TO)