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Arroz e feijão sobe mais do que a inflação em 2010

26 novembro 2010 - 13h00

 O prato mais tradicional entre os brasileiros está ficando caro. O clássico arroz com feijão, filé, batata frita e ovo frito com salada registrou aumento de 16,7% em um ano, considerando a inflação calculada pelo IPCA-15 deste mês. A alta equivale a três vezes a variação da inflação do mesmo período, que ficou em 5,47%.

De acordo com o economista da Tendências Consultoria, Jean Barbosa, que fez o cálculo, o feijão e a carne foram os itens que mais influenciaram a alta de preço do “prato feito”. “O excesso de chuvas, principalmente na Bahia, diminuiu a oferta de feijão. Por outro lado, o clima seco nas regiões de pecuária fizeram a oferta de carne recuar”, afirma.

Com isso, o economista calcula que, nos últimos 12 meses, terminados na primeira quinzena deste mês, o preço do feijão acumulou uma alta de 101%, ao passo que as carnes aumentaram 20,26%.


Altas e baixas
O aumento do “prato feito” poderia ser maior, não fossem a salada e a batata, únicos itens do prato brasileiro que registraram recuo.

No primeiro caso, o tomate registrou queda de 34% no período, ao passo que a alface pode ser encontrada 2,6% mais em conta. A batata, por sua vez, apresentou uma queda de 14% nos preços dos últimos 12 meses.
O preço do ovo registrou elevação, de 6,48%, contribuindo um pouco menos para a alta geral do “prato feito”. Já o arroz foi o único item que apresentou estabilidade no período, com leve aumento de 0,30%.
2011, PF ainda caro

Quem costuma comer fora de casa deve preparar o bolso, pois os preços do “prato feito” continuarão altos. Para o final deste ano, o economista acredita que os alimentos continuarão pressionados. “O feijão, por exemplo, pode mostrar uma queda no final do ano, mas o preço ainda vai ficar caro na comparação com dezembro do ano passado”, diz.

Para 2011, as altas não serão tão fortes como as registradas neste ano. “Em 2011 a oferta dos alimentos deve se recuperar, influenciando no recuo dos preços. De maneira geral, ainda vai haver altas, mas elas serão mais fracas”, afirma Barbosa.

Caso não haja qualquer influência climática novamente, os possíveis aumentos devem ficar mais ligados à demanda externa. “A demanda interna passa a concorrer com a demanda externa, que será forte devido ao desenvolvimento da China”, afirma. (Com informações do site Infomoney)