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PESQUISA DA ONU

Quarenta e cinco países ainda têm restrições a quem tem HIV

01 dezembro 2012 - 08h56

Portadores de HIV ainda enfrentam dificuldades para entrar ou permanecer em 45 países pelo mundo, segundo informações do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).

As restrições variam em cada país, e podem incluir desde a total proibição de entrada aos soropositivos, ou imediata deportação caso se descubra que o visitante que já adentrou a fronteira está infectado, até limitações mais específicas, como a negativa de conceder vistos para visitas por curtos períodos. Este sábado (1º) é Dia Mundial de Luta Contra a Aids.


Recentemente, mais de 40 presidentes de grandes empresas globais assinaram um pedido para que esses países derrubem essas barreiras, argumentando que prejudicam negócios, já que seus executivos devem poder transitar livremente, independente de terem HIV ou não.

Segundo levantamento da ONU feito em julho (o mais recente disponível), Brunei, Omã, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Iêmen são países que mantêm completa proibição de entrada para portadores de HIV. Outros que criam algum tipo de dificuldade para a entrada, permanência ou residência dos soropositivos incluem Cuba, Israel, Jordânia, Nicarágua e Rússia. Egito, Cingapura e Taiwan estão entre os lugares que deportam os visitantes dos quais se descobre terem HIV.

Os Estados Unidos acabaram com suas restrições a visitantes com Aids em 2010. Outros países que recentemente tomaram essa medida foram Armênia, China, Fiji, Moldávia, Ucrânia e Namíbia. O Brasil está entre a maioria de países que não têm limitações à entrada de portadores de HIV.

Mortes em queda
A quantidade de mortes provocadas pelo HIV no mundo caiu pelo quinto ano consecutivo em 2011, anunciou este mês o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids) em seu relatório anual de 2012.

Em 2011, 1,7 milhão de pessoas morreram em decorrência da Aids, o que representa 5,6% a menos que no ano anterior, e 24% a menos que em 2005, segundo o levantamento.

No entanto, a quantidade de pessoas infectadas registrou um leve aumento, com 34 milhões de pessoas em 2011, contra 33,5 milhões em 2010, afirmou o Unaids. A África Subsaariana é a região mais afetada, com quase 1 em cada 20 adultos infectados, aproximadamente 25 vezes a taxa da Ásia. No Sul, no Leste e no Sudeste da Ásia, há quase 5 milhões de pessoas com o HIV.

Os números levaram o programa a concluir que eliminar a doença incurável é "totalmente viável". "Embora a Aids continue a ser um dos mais sérios desafios à saúde, a solidariedade mundial na resposta à Aids na última década continua a gerar ganhos extraordinários na saúde", diz o relatório.

Segundo o documento, isso ocorreu graças ao "sucesso histórico" na promoção de programas em escala junto com a emergência de novas combinações de remédios para evitar que pessoas sejam infectadas e que morram da doença.

Cerca de 8 milhões de pessoas estavam sendo tratadas com drogas para a Aids no fim de 2011, um aumento de 20 vezes desde 2003. A meta da ONU é elevar esse número para 15 milhões até 2015. (Fonte: G1)