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'NÃO FICARAM À VONTADE'

Governador em exercício anuncia reforma administrativa e troca de secretários

25 outubro 2021 - 16h13Por G1 Tocantins

O governador em exercício Wandelei Barbosa (Sem partido) afirmou nesta segunda-feira (25) que fará uma reforma administrativa no governo. Além dos secretários que foram exonerados após serem afastados em operação da Polícia Federal também devem ser mudados outros nomes que estavam no governo de Mauro Carlesse (PSL).

"Nós temos realmente algumas coisas que tem que ser modificadas até mesmo porque teve secretários que não ficaram à vontade conosco e nós temos que trocar. E nós temos também o nosso jeito de fazer. Se for por 15 dias são 15 dias, se for por um ano é um ano, se for por cinco é cinco, mas nós temos os nossos encaminhamentos. Nós também trabalharemos uma identidade para o nosso governo", afirmou.

Na semana passada, Wanderlei chegou a afirmar durante seu primeiro pronunciamento que não faria mudanças bruscas no governo.

Algumas mudanças são urgentes, como é o caso da Segurança de Segurança Pública que está sem comando desde a semana passada, quando o Superior Tribunal de Justiça determinou o afastamento de quase toda a cúpula. A previsão é de que o anúncio deve ser feito ainda nesta segunda-feira (25).

"Nós não temos nomes, estamos discutindo isso ainda. Estamos fazendo de maneira cuidadosa, tranquila, sem colocar em risco o bom andamento do serviço público", afirmou.

Entenda

O afastamento do governador Mauro Carlesse e dezenas de agentes públicos foi determinado monocraticamente pelo ministro Mauro Luiz Campbell e confirmado pela corte do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na manhã desta quarta-feira (20) a Polícia Federal fez buscas na casa de Carlesse e na sede do governo do Tocantins. Foram apreendidos dois veículos do governador, levados para a sede da PF em Palmas.

As investigações que resultaram na determinação de afastamento do governador Mauro Carlesse pelo STJ são resultado de duas operações da PF, chamadas Éris e Hygea, que invetigam:

pagamento de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores estaduais (Hygea);
obstrução de investigações (Éris);
incorporação de recursos públicos desviados (Hygea).

A investigação, que teve início há cerca de dois anos, estima que cerca de R$ 44 milhões tenham sido pagos a título de vantagens indevidas. Os valores podem ser maiores, já que a participação de outras empresas no esquema ainda é investigada.