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TOCANTINS

Governo anuncia retorno das aulas presenciais e Sintet reage contra decisão

01 fevereiro 2021 - 12h58Por Redação

A Secretaria de Educação informou, nesta segunda-feira (01), que o retorno das aulas presenciais na rede estadual do Tocantins deve começar a partir do dia 08 de fevereiro.

Segundo a pasta, o retorno das escolas não será obrigatório e cada município deverá ter a situação epidemiológica analisada individual e continuamente. A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), tem o retorno previsto para o dia 18.

O pai vai ter a opção de se sentir à vontade para mandar o aluno ou não. Caso o pai opte por deixar o aluno continuar em casa, nós continuaremos com as atividades não presenciais, com os roteiros de estudo, da mesma forma que estamos fazendo até então”, explicou a secretária Adriana da Costa Pereira Aguiar.

As unidades estaduais de ensino estão sendo preparadas para receber os alunos e os pais poderão visitar os locais para avaliar as medidas de segurança. O uso de máscaras será obrigatório para profissionais e alunos e as turmas serão divididas entre ensino remoto e presencial.

Qualquer unidade escolar, universidade, nós vamos ter que fazer de forma gradativa. Enquanto um grupo tem aulas presenciais o outro grupo continua com as aulas não presenciais para que a gente possa garantir o distanciamento entre esses alunos”, explicou.

A expectativa é que até o final de fevereiro, todas a unidades estejam ofertando aulas presenciais.

Dados epidemiológicos

Segundo a secretária, o Estado vai divulgar um plano de continuidade das atividades educacionais, que estará disponível para ajudar os municípios. Os dados da epidemia serão analisados por uma comissão de forma contínua para avaliar a manutenção das aulas presenciais.

Vai ter município que naquela data ele pode ter um índice comprometedor e não se aplica essa data para o município. Podemos iniciar no dia 8 com alguma escola que depois de duas semanas se os dados da saúde forem comprometedores (poderá ser suspenso), nosso principal pilar e a segurança dos nossos alunos e dos nossos profissionais”.

Caso seja necessário, as aulas serão suspensas e voltarão a ser ministradas no formato digital.

Reação do Sintet

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintet) respondeu a decisão do Governo do Estado por meio de uma nota enviada à imprensa (confira a nota completa no final da reportagem).

Segundo o sindicato, o decreto foi editado sem ouvir os profissionais e que o retorno seguro das aulas dependerá da vacinação da categoria. O Sintet disse que “tomará todas as medidas possíveis” e acrescentou que uma greve geral não foi descartada.

Ainda por meio da nota, o retorno das aulas no Amazonas foi um dos motivos do colapso na rede pública de saúde do estado e que com a decisão de Carlesse, o Tocantins pode seguir o mesmo caminho.

Reação da prefeita de Palmas

Além do Sintet, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, usou sua conta no Twitter para criticar a decisão do estado. Segundo a Gestora, o Governador está transferindo suas responsabilidades para os municípios.

“É meu povo ... os prefeitos que se preparem! Ausência de comando dá nisso, jogam no colo dos outros a responsabilidade que não tem condição de assumir. O tempo vai dizer quem errou, quem se omitiu. Bora, coragem é p quem tem (sic)”, publicou a prefeita.

Nota do Sintet

"Carlesse e a ofensiva genocida contra a vida.

Tocantins pode sofrer o drama do Amazonas.

Na noite desta sexta-feira, 29, novamente sem ouvir a categoria dos profissionais da educação da rede estadual, o governador Carlesse publicou o Diário Oficial o Decreto nº 6.211/2021, que autoriza a retomada das atividades educacionais presenciais das escolas públicas e particulares no estado.

Embora o decreto faculte esse retorno consoante a realidade local, também de forma não presencial, a decisão é uma sentença de morte neste momento crucial por qual passamos na pandemia.

O atual Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado nesta mesma sexta-feira, 29, trouxe mais de 558 novos casos confirmados da COVID-19 no Tocantins, que já soma 101.666 registros da doença, com 1.371 tocantinenses mortos.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) já tinha deliberado por meio do Conselho Estadual de Representantes, (CER) órgão colegiado de decisão do sindicato, que o retorno às aulas presenciais somente poderia acontecer de forma segura, com vacinação dos profissionais e outras medidas de segurança sanitária.

Um exemplo claro dessa irresponsabilidade é o Amazonas, que foi o primeiro estado a autorizar o retorno presencial. O que se viu logo depois foi uma tragédia sem precedentes, que pode se repetir aqui no estado, frente a situação caótica da saúde pública que temos, com os casos só aumentando e os hospitais já operando com sua capacidade máxima.

Enxergamos que não há possibilidade da volta às aulas presenciais sem a vacinação de TODOS os profissionais da Educação.

Assim, pelo direito à vida e pela prioridade dos professores e demais profissionais da Educação na vacinação, reforçaremos a luta!

Tomaremos todas as medidas possíveis, inclusive fortalecendo as jurídicas já em trâmite, contra esse negacionismo genocida do Carlesse, da Secretária Adriana e de deputados que encabeçaram uma campanha de volta às aulas baseada em achismos, negacionismo e total irresponsabilidade política.

Reiteramos que os trabalhadores nos enviem fotos, vídeos sobre as condições precarizadas de suas escolas, incluindo banheiros, salas pequenas e mal ventiladas, e outras deficiências, para [email protected]. Enviar também atestados de contaminação pelo novo coronavírus, relatos de contaminação entre colegas etc.

O Sintet não descarta uma possível greve geral e alerta a categoria e sociedade para esse momento de luta pela vida".

A Direção