Em uma manhã marcada por choros, mamadeiras e cartazes improvisados com tinta guache, aconteceu em Nova Lima-MG o tão esperado Encontro Nacional de Pais de Bebê Riborni. O evento, organizado pelo recém-criado Sindicato dos Pais de Bebê Riborni, teve como destaque a presença do presidente da entidade, o senhor Jacinto Leite, que concedeu uma entrevista emocionada:
“Cara, nossa ideia é lutar pelos nossos direitos, né? Curso, escola integral, licença de maternidade e paternidade de seis meses pros dois… porque a gente tem que trabalhar também, né?”
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Uma multidão de… bom, uns três ou quatro pais compareceram, cada um trazendo no peito a marca da luta e, no colo, a cria que mama mais que político em palanque.
Um dos depoimentos mais comoventes foi o do senhor Daniel, pai da pequena Yasmin, que completava um mês de vida justamente no dia do ato:
“Hoje eu vim vindicar. Tem que entrar também no Bolsa Família. A menina mama muito. E o leite tá caro.”
Sim, amigo leitor, você não leu errado. Além de reivindicar creche, o Daniel também pede pensão alimentícia para ele mesmo, já que — segundo ele — a filha “não tá nem matriculada na creche” e o pai da criança, no caso, ele próprio, não estaria colaborando. Uma espécie de autoflagelo paterno-burocrático.
Teve até caso de demissão por falta justificada com atestado não reconhecido:
“Fui mandado embora porque minha filha pegou gripe. Não quiseram atender ela no hospital. Aí não teve atestado, né? Me mandaram embora.”
A situação escancarou o que os organizadores chamaram de “apagão parental da era Riborni” — uma fase marcada por memes, pacotes de fralda a preço de ouro, e um caos generalizado na logística dos rolezinhos diurnos.
Reivindicações apresentadas no encontro:
• Licença maternidade e paternidade de 6 meses (para ambos os pais, claro).
• Vagas em creche para bebês Riborni.
• Bolsa Família para recém-nascidos que mamam muito.
• Direito à pensão paga pelo próprio pai que não ajuda (mesmo sendo o próprio pai).
• Liberação de atestado psicológico para pais que acordam de hora em hora à noite.
SÁTIRA APOCALÍPTICA
A reportagem na verdade é uma sátira a respeito de um movimento que tem chamado a atenção nas redes sociais nos últimos dias.
O material foi produzido pelo @manualdojogadorbarato, um perfil no Instagram com conteúdos de humor e "reportagens apocalípticas" dirigidas pelo humorista Helder Fernandes.