O documento, aprovado em 7 de outubro pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, declara que "Jesus sozinho salvou o mundo", reforçando que Maria, embora venerada, não cooperou diretamente na redenção da humanidade. - Crédito: Andrew MedichinEm decisão histórica, o Vaticano publicou nesta terça-feira (4) a instrução doutrinária Mater Populi Fidelis, que encerra décadas de debate sobre o papel de Maria na salvação. O documento, aprovado em 7 de outubro pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, declara que “Jesus sozinho salvou o mundo”, reforçando que Maria, embora venerada, não cooperou diretamente na redenção da humanidade.
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NOVA ORIENTAÇÃO SOBRE OS TÍTULOS MARIANOS
O texto orienta que títulos como “Co-redentora” e “Mediadora de todas as graças” devem ser evitados quando sugerirem igualdade ou paralelismo entre Maria e Cristo. Segundo o decreto, tais expressões podem “eclipsar a mediação única de Cristo” e causar “confusão na fé cristã”.
O PAPEL DE MARIA
O Vaticano reconhece Maria como “Mãe dos fiéis” e “primeira redimida”, com papel especial na história da salvação, mas distinto da ação redentora de Cristo, que é único mediador entre Deus e os homens.
CONTEXTO HISTÓRICO E ECUMÊNICO
A instrução põe fim a uma controvérsia que dividiu teólogos e papas recentes: João Paulo II usou o termo “Co-redentora”, enquanto Bento XVI e Francisco sempre demonstraram cautela.
Para especialistas, a decisão tem também impacto ecumênico, pois o uso do título era visto como obstáculo ao diálogo com outras igrejas cristãs, que o consideravam um excesso mariológico.
*Fonte: Vaticano – Nota doutrinária Mater Populi Fidelis, publicada em 4 de novembro de 2025.
