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ARAGUAÍNA

Polêmicas envolvem aluguel de casa que funciona sede provisória da Justiça Eleitoral

28 abril 2011 - 14h11

Dágila Sabóia
Da Redação

 

Desde o final de janeiro, o prédio da Justiça Eleitoral em Araguaína, inaugurado em 2006 e onde funcionava a 1ª e a 34ª Zonas Eleitorais, encontra-se fechado.

A equipe de reportagem do Portal O Norte foi atrás de detalhes sobre o fato e constatou que o motivo do fechamento se deu pela necessidade de uma reforma geral no prédio.

O atendimento da Justiça Eleitoral foi então transferido para uma residência alugada no setor Urbanístico que por falta de espaço ficou impossibilitada de realizar audiências, transferindo estas para o prédio do Juizado Especial Criminal.

Passados dois meses da mudança de localização, nossa reportagem tomou conhecimento através do Chefe do Cartório Eleitoral, Amilton Brasileiro Pereira, de que nem mesmo o projeto de reforma do prédio ainda foi criado. Portanto, tivemos a resposta de que não há previsão para o retorno das atividades das Zonas para o prédio oficial.

Sem apontar data definida para a criação do projeto de reforma, Amilton Brasileiro justifica: “Só depois que for feito o projeto, o que deve acontecer em breve, é que será aberta a licitação para as empresas que estejam interessadas na obra”, afirma ele.

Família Halum
A mudança de sede da Justiça Eleitoral, entretanto, abre espaço para algumas polêmicas. Conforme fontes consultadas, a casa escolhida para atender aos serviços específicos das Zonas, pertence à família Halum, tradicional na política tocantinense.

O Portal O Norte apurou que o imóvel, cujo aluguel é de R$ 3.000,00 mensais, pertencia a João Halum, já falecido e foi herdado pela sua esposa, Selma Halum cunhada do deputado federal, César Halum (PPS).

O fato é visto como algo inaceitável para algumas pessoas: “É no mínimo estranho que o órgão que julga os crimes eleitorais esteja funcionando justamente na casa que pertence a família de um político do Estado, na minha opinião, acho que isso não deveria acontecer”, comenta o técnico em enfermagem Roberto Lopes, 31 anos que acrescenta “Pode até não ser ilegal, mas é imoral”, finaliza.

Esta mesma casa que hoje funciona a Justiça Eleitoral, foi residência durante alguns anos de César Halum que morou no endereço até meados de junho do ano passado, quando mudou-se de lá para instalar no mesmo local, o comitê político para a sua campanha de deputado federal nas últimas eleições que permaneceu funcionando até o início de outubro de 2010.


Difícil acesso
Outra reclamação por parte de quem precisa dos serviços da Justiça Eleitoral em Araguaína é baseada no fato de que a sede provisória encontra-se numa região de difícil acesso na cidade, motivado por erros na nomenclatura das ruas, já que todas elas são chamadas de Avenida Perimetral.

Perdi muito tempo procurando o endereço, quase não encontro!”, conta a atendente, Débora Botelho , 27 anos, e finaliza dizendo: “Com tanto prédio pra alugar em Araguaína, porque veio justamente para essa casa, a gente demora um tempão pra encontrar e eu tenho mais o que fazer”, pontua chateada a atendente.

Segundo Amilton Brasileiro, o órgão procurou um prédio com localização mais centralizada para instalar provisoriamente a Justiça Eleitoral, todavia, acabou não encontrando: “O prédio no Centro que estávamos de olho apresentava graves falhas na estrutura, o que nos fez desistir de mudar para lá”, justifica ele, referindo-se ao prédio que permanece fechado onde antes funcionava o cursinho pré-vestibular Nerd's, localizado na divisa do setor Noroeste com a Região Central da cidade.

Enquanto o projeto não é criado e a reforma executada, para amenizar a confusão e facilitar razoavelmente a localização, o eleitor que precisar dos serviços prestados pelo órgão tem como ponto de referência o Hospital Municipal de Araguaína que fica próximo à sede provisória da Justiça Eleitoral.