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ESTUDO UNIRG

Planta utilizada para emagrecimento é tóxica

10 maio 2011 - 19h34

Para compor os padrões de beleza impostos maciçamente pela mídia, as pessoas estão vulneráveis a experimentar remédios perigosos e regimes radicais. A super valorização da imagem e os padrões instituídos têm gerado muitas vezes, a insatisfação com a aparência.

Em Gurupi, a acadêmica do 9º período do curso de Farmácia da UnirG, Lucirene Aguiar de Jesus Teixeira, pesquisou a planta ornamental chapéu-de-couro (Thevetia peruviana), cujas sementes vêm sendo utilizadas para emagrecimento.

O estudo científico “Aspectos toxicológicos de Thevetia peruviana e perfil dos usuários em Gurupi/TO” mostrou que dos 50 usuários pesquisados, todos desconheciam os princípios ativos da planta e 98% não sabiam da toxicidade.

“Esta planta não serve para ser utilizada como medicamento, pois é uma das 200 classificadas como mais tóxicas. O uso dela causa a aceleração dos batimentos cardíacos, diarréias, cólicas, náuseas e pode levar até a morte”, disse a estudante.

Conforme a pesquisa o efeito emagrecedor é ilusório e esconde os males causados a saúde. “O intuito da pesquisa foi de estudar e esclarecer sobre os perigos do uso de plantas, que por serem naturais, muitos pensam que não são nocivas. No Sri Lanka, infelizmente, ela é usada até para o suicídio”, acrescentou Lucirene Aguiar.

Dos usuários entrevistados 94% são mulheres. Quanto ao grau de escolaridade, 38% possuem ensino médio; 28% superior incompleto; 20% superior completo; 12% ensino fundamental e 3% têm pós-graduação.

O trabalho concluiu que independente do grau de escolaridade, a falta de conhecimento associada ao julgamento do produto natural como inofensivo e o desejo de emagrecimento é o que estimula o uso indiscriminado das sementes na cidade.

A pesquisa
O Trabalho de Conclusão de Curso de Lucirene Aguiar está sendo publicado em pôster na Semana de Enfermagem da UnirG, realizada até o dia 12, no Instituto Juarez Moreira.

O trabalho é orientado pelo professor, Wataro Nelson Ogawa, mestre e doutor pela USP, que pretende continuar o estudo do fitoterápico com experimentação em ratos.