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DESCASO

Rabecões quebrados refletem descaso com o IML de Araguaína

25 maio 2011 - 08h52

Daniel Lélis
Da Redação

 

Dois fatos ocorridos nas últimas semanas chamaram a atenção para um grave problema enfrentado pelo IML (Instituto Médico Legal) de Araguaína: os dois veículos que fazem o transporte de corpos para o órgão, mais conhecidos como “rabecões”, encontram-se, de acordo com informações apuradas pelo Portal O Norte, fora de uso por falta de manutenção. Um deles estaria desativado há muito tempo e o outro há pelo menos dois meses.

No último dia 20, o corpo do mototaxista Nascimento Pereira da Silva, de 50 anos, vítima de um assassinato e encontrado próximo ao Balneário Encontro das Águas, teve que ser transportado para o Instituto Médico Legal em cima de uma caminhonete da Polícia Militar em razão da inutilização dos veículos referidos. A cena, como mostrou O Norte (Confira a reportagem na íntegra, aqui), provocou a ira e a indignação das pessoas que a testemunharam.

Três dias depois, a cena se repetiu. Um acidente no perímetro urbano da BR 153 tirou a vida do ciclista Marcílio Sousa, de 19 anos. Para encaminhar o cadáver do jovem ao IML, foi necessário acionar o carro de uma funerária da cidade, visto que nenhum dos “rabecões” teria condições de ir até o local. (Veja mais detalhes do acidente, aqui) “É um absurdo; um desrespeito com a família”, afirmou revoltado o caminhoneiro Juliano Fonseca, 26 anos, que testemunhou o acidente.

Interditado
O Instituto Médico Legal de Araguaína já foi alvo de interdição há cerca de um ano pelo Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO), que afirmou na época que o órgão não teria condições mínimas para o exercício da medicina Legal. 

Os rabecões quebrados refletem que hoje o funcionamento do instituto ainda permanece em condições precárias. O IML da cidade presta serviços como liberação de corpos, exames cadavéricos e exames de corpo delito e atende outros 23 municípios, dentre os quais Guaraí, Tocantinópolis e Augustinópolis.