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UNIRG

Bullying em escola pública do Estado é tema de dissertação de mestrado

07 outubro 2011 - 08h07

Uma prática que tem chamado a atenção de pais e educadores nos últimos anos é o Bullying. Esse é um tipo de violência comum em escolas, e pode ser identificado quando estudantes agridem colegas de forma física ou verbal, sem um motivo específico.

Em Guaraí (TO), uma escola pública de Ensino Médio foi alvo de uma pesquisa que buscou estudar esse fenômeno. Alunos e professores responderam a um questionário dizendo em qual situação se encontravam: se na condição de vítimas, autores ou testemunhas do bullying. Ao todo 209 alunos e 18 professores participaram.

O estudo foi desenvolvido pelo professor de Psicologia do Centro Universitário UnirG, Edgar Trapp, na sua dissertação de mestrado aprovada em setembro pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia em Lisboa/Portugal (ULHT). O trabalho teve como título, “O Bullying no ambiente escolar: um estudo do fenômeno em uma Escola Pública Estadual de Ensino Médio do Município de Guaraí /Tocantins”.

Consequências e combate
O professor Edgar Trapp alerta sobre a seriedade de uma prática que, para muitos, ainda é tida como uma brincadeira.

“Há muitas pessoas que ainda percebem o bullying como uma brincadeira comum a crianças e adolescentes. Mas o bullying provoca sérios traumas psicológicos, pode resultar em sentimento de inferioridade e baixa autoestima. Em alguns casos prejudica o rendimento escolar e até contribui para a diminuição da freqüência do aluno nas aulas”, frisa Trapp.

As situações de bullying que mais foram encontradas em Guaraí foram o uso de nomes ofensivos, a exclusão do grupo, humilhações e calúnias contra as vítimas.

Segundo o estudo, há três tipos de atores envolvidos: autores, que são os que praticam o bullying; as vítimas, que são alvos de chacotas dentro do ambiente escolar; e as testemunhas, que são as pessoas participantes do fenômeno juntamente com autores, evitando assim que eles mesmos sejam as vítimas. Nessa pesquisa, as testemunhas foram maioria.

Foi percebido uma certa situação de camuflagem em relação ao fenômeno no Centro de Ensino Médio. De acordo com o professor Edgar, “antes da pesquisa ser realizada na escola não havia um programa de combate ao bullying. Depois desse trabalho começou a haver uma sensibilização entre os professores com a finalidade de extinguir o problema”.

O professor Edgar afirma que é necessário ampliar o debate no ambiente escolar e envolver a família. “O envolvimento da família é importante porque quando a família muda de comportamento diante da questão, o autor do bullying também muda. As escolas devem convidar as famílias para o debate, assim elas também se sentirão responsáveis diante de uma questão importante na formação dessas crianças e adolescentes”, concluiu o professor.

Outras informações na Assessoria de Comunicação da Fundação e Centro Universitário UnirG pelos telefones (63) 3612 7512, 3612 7551. (Da Ascom Unirg)