Casos de ataques de onças a animais de criação têm preocupado moradores da zona rural de Talismã, no sul do Tocantins. Desde o início de maio, bezerros, porcos e até um filhote de cavalo foram mortos ou ficaram feridos em pelo menos quatro fazendas da região.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
CÂMERAS INSTALADAS PARA MONITORAMENTO
No último domingo (11), equipes do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) instalaram câmeras de monitoramento em duas propriedades onde os ataques foram registrados. O objetivo é diagnosticar os conflitos e propor soluções que garantam a segurança de moradores e a preservação da fauna silvestre.
As medidas foram tomadas após solicitação formal feita pela Prefeitura de Talismã, por meio de ofício no dia 7 de maio. No dia 9, o Naturatins confirmou que enviaria técnicos à região.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA AOS MORADORES
Durante as visitas, os técnicos também orientaram os produtores sobre como prevenir novos ataques. Entre as principais recomendações do Naturatins estão:
-
Redobrar a atenção fora de casa, principalmente com crianças;
-
Manter quintais limpos, sem restos de alimentos;
-
Evitar alimentar animais silvestres;
-
Trancar galinheiros e pocilgas durante a noite;
-
Em caso de encontro com onça, manter a calma e não se aproximar;
-
Instalar cercas elétricas como proteção adicional.
ATAQUES CONCENTRADOS NAS RESERVAS AMBIENTAIS
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, João Carlos Lopes, os ataques ocorrem principalmente ao amanhecer, horário em que muitas crianças se deslocam para pegar o ônibus escolar.
Por segurança, a prefeitura adotou uma nova medida temporária: os alunos agora serão buscados em casa, e os pais devem manter as porteiras das propriedades abertas para facilitar o acesso do transporte escolar.
As onças estariam se concentrando em áreas de reserva ambiental, onde há maior disponibilidade de vegetação e presas naturais. Algumas dessas áreas estão dentro ou ao redor de propriedades rurais, como as fazendas Peroba, Porteira Velha, Renascer e Volta Grande — locais onde os ataques já foram registrados.