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AÇÃO CIVIL PÚBLICA

MPTO aciona prefeitura do TO e exige concurso após 13 anos sem seleção

14 novembro 2025 - 12h21Por Da Redação

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) ingressou, nesta quinta-feira, 13, com ação civil contra o Município de Aparecida do Rio Negro para obrigar a gestão a realizar concurso público e encerrar contratações consideradas irregulares. O último certame municipal ocorreu em 2012, deixando um intervalo de 13 anos sem reposição efetiva de pessoal.

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A ação é assinada pelo promotor de Justiça João Edson de Souza, da Promotoria de Novo Acordo.

SERVIDORES CONTRATADOS 

Segundo o Ministério Público, há excesso de servidores contratados e comissionados desempenhando atividades que deveriam ser exercidas por concursados, como assistente administrativo, técnico de enfermagem e motorista. Para o MPTO, a prática burla princípios constitucionais, como concurso público, moralidade e impessoalidade.

CONTRATOS PRECÁRIOS

Informações repassadas pelo próprio Município em 2024 mostram o baixo percentual de servidores efetivos:

Educação: 44,9%

Saúde: 47,1%

Assistência social: 20,8%

Administração geral: 21,6%

Os números evidenciam que vínculos temporários predominam em quase todas as áreas da gestão.

TENTATIVAS EXTRAJUDICIAIS 

O MPTO afirma que buscou resolver o problema por meios administrativos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também havia emitido alerta ao gestor em 2022 sobre o déficit de efetivos e a repetição de contratações temporárias. Sem medidas concretas, o Ministério Público decidiu judicializar o caso.

PRAZOS E PROVIDÊNCIAS 

A ação requer obrigar o Município a:

  • Encerrar contratações irregulares;
  • Extinguir contratos temporários em desacordo com a Constituição;
  • Abrir procedimento administrativo para realizar concurso público.

O prazo para adoção dessas medidas é de 90 dias. Após essa fase, o Município terá até 180 dias para realizar a prova do concurso destinada aos cargos vagos e essenciais ao funcionamento da administração.