A grave crise financeira que afeta as principais cidades do Tocantins atingiu em cheio Porto Nacional. Enfrentando dificuldades para manter os salários em dia, o prefeito Ronivon Maciel (UB) iniciou nesta quarta-feira (15) uma série de cortes na máquina pública.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Cerca de 200 servidores municipais, entre comissionados e contratados temporários, serão exonerados como parte de um plano emergencial de ajuste fiscal.
PLANO DE AJUSTE FISCAL PODE SER AMPLIADO
Segundo o Executivo, outras 100 demissões ainda estão em análise, dependendo da adequação do município aos limites legais de gastos com pessoal. O plano prevê uma reestruturação administrativa com fusão de secretarias e autarquias, além de cortes em despesas de custeio.
Também estão previstas mudanças na rede de saúde municipal, com ajustes nos horários de funcionamento das unidades.
DÉFICIT MENSAL SUPERA R$ 3 MILHÕES
De acordo com o secretário da Fazenda e presidente do comitê gestor, Saulo Costa, o município enfrenta atualmente um déficit mensal superior a R$ 3 milhões.
A expectativa é que, com os cortes, o valor seja reduzido inicialmente para R$ 1 milhão, com meta de eliminar o desequilíbrio orçamentário nos próximos meses.
QUEDA DE RECEITAS E REPASSES
“Chegamos a um ponto que não queríamos. A frustração de receitas, a queda dos repasses de ICMS e a baixa liberação de emendas parlamentares nos obrigam a adotar medidas duras, mas necessárias. O prefeito determinou as ações com muita responsabilidade para garantir a sobrevivência financeira do município”, afirmou Costa.
CENÁRIO EM OUTRAS CIDADES
A situação em Porto Nacional reflete o colapso fiscal que atinge várias prefeituras tocantinenses. A queda de arrecadação e os atrasos em repasses estaduais têm comprometido o pagamento da folha e a manutenção de serviços essenciais em diferentes regiões do estado.


Município corta gastos e servidores para tentar zerar déficit - Crédito: Divulgação 


