Os profissionais da rede municipal de educação de Praia Norte decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (2), decretar Estado de Greve. A categoria anunciou que não iniciará o ano letivo de 2026 caso a gestão municipal continue descumprindo uma recomendação do Ministério Público (MP).
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A decisão mantém os trabalhadores mobilizados e em alerta até o início das aulas do próximo ano. A assembleia começou às 15h45 e foi conduzida pelo presidente do Sintet Regional de Augustinópolis, Jules Rimet, com apoio dos professores Vera e Francisco Apolinário, membros da diretoria regional.
FALTA DE DIÁLOGO E DESCUMPRIMENTO DE ACORDOS
Durante a reunião, Jules Rimet destacou o impasse enfrentado pela categoria, atribuindo o cenário à postura da gestão municipal, comandada pela prefeita Bruna Gabrielle Neves Pires de Araújo, conhecida como Bruna do Ho Che Min.
O sindicato afirma que há ausência de diálogo, descumprimento de acordos e falta de respeito aos compromissos assumidos, inclusive aqueles firmados perante o Ministério Público da Comarca de Augustinópolis.
Apesar de uma recomendação recente do MP, a prefeitura não apresentou resposta ou encaminhamento, intensificando a insatisfação dos trabalhadores.
“Não podemos nos calar diante do descaso dessa gestão com a categoria, com a sociedade e até mesmo com a Justiça. É dever do Executivo governar para todos, respeitar a legalidade e a isonomia. Esperamos bom senso e o cumprimento da lei”, afirmou Rimet.
VOTAÇÃO CONFIRMA ESTADO DE GREVE
O Sintet colocou em votação a proposta de manter a categoria em Estado de Greve até o início do ano letivo de 2026. O resultado foi expressivo: 54 votos favoráveis e uma abstenção.
Com a deliberação, os profissionais reforçam que, se a prefeitura não cumprir a recomendação do MP, as atividades escolares não serão iniciadas em 2026. O movimento é considerado um dos mais firmes já registrados no município em defesa dos direitos da categoria.


Educadores de Praia Norte aprovam Estado de Greve - Crédito: Divulgação 


