O município de Aguiarnópolis, no norte do Tocantins, está entre os três locais do Brasil sob investigação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por suspeita de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. A apuração busca identificar possíveis casos de Influenza Aviária ou Doença de Newcastle.
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De acordo com o Mapa, os exames laboratoriais realizados até agora não apresentaram resultados conclusivos. As investigações estão concentradas em galinhas criadas no município.
Além de Aguiarnópolis, também são alvos de apuração as cidades de Sabará (MG) e Salitre (CE).
CASO CONFIRMADO NO RS
O ministério confirmou que, neste mês, duas investigações em outros estados resultaram em diagnóstico positivo para o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). No entanto, não houve detecção da Doença de Newcastle em nenhuma amostra.
Na quinta-feira (15), foi confirmada a presença do vírus da IAAP em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS). Esse é o primeiro foco da doença registrado em sistema de avicultura comercial no Brasil.
CONSUMO DE FRANGO E OVOS
Em nota, o Mapa ressaltou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de frango nem de ovos. O risco de infecção em humanos é considerado baixo e geralmente atinge profissionais com contato direto com aves vivas ou mortas.
“O consumidor pode ficar tranquilo. Os produtos inspecionados seguem seguros para consumo”, reforçou o ministério.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
Com a confirmação no Rio Grande do Sul, foram acionadas medidas previstas no Plano Nacional de Contingência, com foco na contenção do foco da doença, garantia do abastecimento alimentar e proteção da cadeia produtiva de aves.
Além disso, o Mapa notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e Meio Ambiente, os parceiros comerciais e as cadeias produtivas envolvidas.
AÇÕES PREVENTIVAS ESTÃO EM ANDAMENTO
O Ministério da Agricultura destacou que o Serviço Veterinário brasileiro tem atuado com protocolos de controle e prevenção desde os anos 2000. As ações incluem:
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Monitoramento de aves silvestres
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Fiscalização em criações comerciais e de subsistência
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Treinamento contínuo de profissionais
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Educação sanitária
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Controle em fronteiras e pontos de entrada de animais
Essas medidas, segundo o governo, foram fundamentais para adiar por quase 20 anos a chegada da doença à avicultura comercial brasileira.