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SAÚDE PÚBLICA

OMS pede atenção à vacinação após surto de grave doença na Venezuela

14 outubro 2021 - 17h28Por r7 Notícias

A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou, nesta quinta-feira (14), a detecção de um surto de febre amarela na Venezuela, com sete casos confirmados por testes de laboratório entre os dias 23 e 24 de setembro. Dos casos, seis doentes não estavam vacinados contra a doença.

Diante do risco de uma crise sanitária, em um país com sistema de saúde fragilizado pela pandemia da Covid-19, a OMS indicou que é necessário aumentar a cobertura vacinal da febre amarela principalmente na região amazônica, devido à exposição ao mosquito que transmite a doença.

A organização também recomendou o aumento da imunização entre indígenas, imigrantes e pessoas vulneráveis que vivem em áreas urbanas densamente povoadas e com maior possibilidade de exposição ao mosquito Aedes aegypti.

"Os casos reportados de febre amarela mostram a importância da vacina contra a doença, especialmente em zonas endêmicas de alto risco, com ecossistemas favoráveis à transmissão", indicou a OMS, por meio de comunicado.

Outra recomendação foi que as pessoas que pretendem viajar para a Venezuela sejam vacinadas, pelo menos, dez dias antes da chegada ao país. O imunizante contra a doença está na lista de medicamentos efetivos e seguros elaborada pela OMS e garante, com uma dose, proteção para toda a vida.

A agência não sugeriu nenhuma restrição de viagem ou de comércio com a Venezuela, em razão das informações obtidas até o momento.

As infecções provavelmente aconteceram em zona rural, ao sul do município de Maturín, no estado de Monagas, na região nordeste da Venezuela. O primeiro caso relatado foi de uma jovem grávida com histórico de vacinação contra a febre amarela.

Por enquanto, o surto não resultou em nenhuma morte e deixou três doentes assintomáticos. Outras quatro pessoas tiveram sintomas como dor de cabeça, dor nos olhos, irritação na pele e dores nas articulações.

Na região, a OMS aponta que há uma baixa taxa de vacinação contra a febre amarela, de 67,7%, o que representa um alto risco de contágio. Em janeiro do ano passado, a agência havia informado sobre o primeiro caso da doença na Venezuela depois de 14 anos.