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GOVERNO DO ESTADO

PF investiga esquema de lavagem de dinheiro público envolvendo "laranjas"

25 setembro 2019 - 12h24

Na manhã desta quarta-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação ‘Carotenóides’, para desarticular uma quadrilha criminosa responsável pela lavagem e ocultação do dinheiro fruto da corrupção no Governo do Tocantins.

Segundo apurado pela PF, pessoas eram usadas como laranjas para registro de bens móveis e imóveis. Foram cerca de 12 policiais envolvidos na operação que cumpriu dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária, expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas, nas cidades de Natividade (TO) e Imperatriz (MA).

A  investigação começou  com desdobramento da operação ‘Reis do Gado’, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2016, que investiga fraudes em licitações no Governo do Tocantins.

De acordo com a PF, esta nova operação pretende aprofundar as investigações, sendo o escalão intermediário da organização criminosa composto pelos investigados que figuraram como laranjas nos registros de veículos como foco, assim como também os procuradores e intermediadores na negociação de fazendas, participando ativamente no processo de lavagem do dinheiro ilícito.

O nome da operação faz referência aos apelidos utilizados pelos laranjas.

Entenda

A Operação Reis do Gado foi deflagrada em novembro de 2016, com o objetivo de  desarticular um esquema de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro por meio da dissimulação e ocultação dos lucros ilícitos no patrimônio de membros da família do então governador do Estado, Marcelo Miranda.

A PF indiciou 17 pessoas, entre elas o pai do então governador Marcelo Miranda, Brito Miranda, o irmão, José Edmar Brito e a irmã Maria da Glória. Além da cunhada, Márcia Pires Lobo e o empreiteiro Luiz Pires.

O delegado Cleyber Malta, da Polícia Federal, afirmou que R$ 200 milhões em patrimônio financeiro e de bens da família do ex-governador do Tocantins estiveram em nome de terceiros, entre 2005 e 2012. O delegado afirma que, ao final deste período, parte dos valores teriam voltado para a família, “saindo do nome dos laranjas”.

Transações imobiliárias fraudulentas eram usadas para ocultar o dinheiro desviado. Com contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado.