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PARAÍSO

Sindicato considera indecente proposta do Executivo Municipal

12 maio 2011 - 12h14

O SIMPAS, representado na noite desta quarta-feira, 11, na Câmara Municipal de Paraíso, pela Vice-Presidente, Elivânia Maria da Silva, Irani Sherlin, Secretária Geral, Antonio Pinas, Diretor Político, Kariela Martins Andrade, Tesoureira e Delitânia Oliveira, Vice-Tesoureira, uma vez que o Presidente Dr. Luiz Antonio se encontra em São Paulo fazendo tratamento de saúde de sua mãe, lotou o plenário da Câmara Municipal de servidores do Município para mostrar a eles a Proposta do Executivo para recuperação das perdas, insalubridades e reajustes salariais em negociação desde outubro do ano passado, cujas definições deveriam ter acontecido em fevereiro deste ano.

A proposta do Executivo apresentada aos Diretores do Sindicato na tarde de ontem pelo Secretário de Administração e Finanças do Município, Dr. Valdenir Brito, na oportunidade, acompanhado pelo Secretário de Saúde, Manoel Pinho e pela Secretária de Educação professora Iraci Rodrigues, foi considerada “Indecente” uma vez que fecha todas as portas para a negociação este ano, sob a alegação de queda de receita. Isto posto, até a Ata apresentada ontem, siquer foi assinada pelos representantes do SIMPAS, pois não aceitaram mais esta “enrolação” por parte do Executivo, afirmaram os dirigentes nesta noite de quarta.

Após a abertura da reunião feita pela Secretária Geral Irani Sherlin e depois pela Vice-Presidente Elivânia Maria da Silva, o professor Idelvan Cavalcante fez um relato da reunião de ontem, das propostas não cumpridas e da tentativa de enrolar cada vez mais o já sofrido servidor do Município. “Venho acompanhando esta negociação desde outubro do ano passado e a conversa é uma só: Lei de Responsabilidade. A negociação era para ter sido reiniciada em fevereiro e nada. Ontem esperava ver pelo menos uma planilha e o que vimos? Nada. Apenas esta proposta Indecente. O que ficou combinado no ano passado era que em 1º de Maio se cumpriria a Data Base com reajuste e tudo mais. Do jeito que está não dá mais para continuar”.

O Diretor Político, Antonio Pinas, disse “que esta reunião era para mostrar a Proposta Indecente da Administração. Como não houve proposta séria devemos entrar em greve geral”. No que foi contestado momentaneamente pela Vice Presidente Elivânia Maria da Silva, que alegou os trâmites legais para uma paralisação. “Depois de tudo organizado burocraticamente, aí sim devemos paralisar tudo, afim de não colocarmos ninguém em risco. Temos que decidir em Assembléia Geral, lavrar ata, comunicar ao Gestor via ofício, para depois entrarmos em greve

O servidor Kauan usou da palavra para dizer que “lendo a Ata de ontem fiquei estarrecido quando eles falam das conquistas dos servidores. Quais conquistas? Quantos servidores concursados não estão recebendo seus direitos? Cadê o pagamento das insalubridades? Devemos fazer a coisa certa. Publicar o Edital de Convocação para Assembléia Geral. Devemos estar municiados de documentos e unidos nos nossos pleitos. Antes eu sorria muito vendo os filmes dos Trapalhões, hoje isto não acontece mais, pois este filme eu vejo todos os dias. Vir com proposta para 2012, é brincadeira! 2012 é ano de eleição. Tem funcionário concursado em 2007 que está comendo o pão que o... São 37 marginalizados pela Administração”.

A servidora Nalva, representando os Agentes de Saúde disse que foi passado que eles não têm vínculo com as unidades de saúde, no que resultou numa greve de uma semana sem comparecerem aos Postos de Saúde do Município. “Neste momento estamos recebendo coação do senhor Luiz e de algumas enfermeiras do Estado e que estão à disposição do Município para que voltemos à rotina de antes. Vamos voltar, mas, até regularizarmos a situação de greve”.

O Presidente da Câmara Lafaite Lobo (PT) disse que só trabalha melhor quem trabalha feliz e que neste momento apóia a reivindicação dos servidores.

O Vereador Neivon Bezerra (DEM) disse que saiu da Faculdade para estar na reunião dos servidores. “A propaganda é a alma do negócio. A organização, neste caso, é fundamental. Tem que se lavrarem tudo em ata. Estes movimentos têm que ter acompanhamento jurídico, não se deve deixar brechas para questionamentos. O Secretário de Administração, que é Advogado, sabe como ninguém, se aproveitar de quaisquer descuidos. Entendo que este movimento é dos servidores e não só do SIMPAS. Sabe das dificuldades do SIMPAS para fazer quaisquer movimentos mais ousados. Podem contar com o apoio dos sete Vereadores de oposição. Concordo que tem que se fazer acontecer, porém, dentro da legalidade. Lembrou dos 35 vigias noturnos cujas situações continuam indefinidas até hoje. Esta Administração não cumpre o que fala. Eles falam em limite prudencial, mas, nunca mostram os números e estão sempre aumentando as despesas como no caso da contratação da Inviolável e dos Suplentes de Vereadores.”

Finalmente ficou decidido em Assembléia Geral que nesta quinta será encaminhado ofício ao Executivo, comunicando que na terça-feira, 17, haverá nova Assembléia Geral e que se até lá nada for colocado de concreto que atenda ao pedido da classe, já na quarta-feira-feira acontecerá paralisação total por tempo indeterminado. (Ademir Rêgo/Do Surgiu)