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MISS UNIVERSO

Miss Angola vence o Miss Universo 2011

13 setembro 2011 - 10h00

A Miss Angola, Leila Lopes, venceu o Miss Universo na noite de segunda-feira (12). Esta foi a primeira vez que uma angolana levou o título para casa. O concurso de beleza mais importante do mundo aconteceu no Credicard Hall, na Zona Sul de São Paulo, sendo a primeira vez que foi realizado no Brasil.

A gaúcha Priscila Machado, de 25 anos, que permaneceu de mãos dadas com a vencedora durante o anúncio, acabou ficando em terceiro lugar. A Miss Ucrânia (Olesya Stefanko), Miss Filipinas (Shampcey Supsup) e a Miss China (Luo Zilin) ficaram em segundo, quarto e quinto lugares respectivamente.

Leila, a agora Miss Universo, recebeu a coroa de sua antecessora, a mexicana Ximena Navarrete. A modelo Isabeli Fontana e o piloto de Fórmula IndyCar, Helio Castroneves, foram os brasileiros que fizeram parte do júri. A atriz filipina Lea Salonga, a ex-Miss Universo dominicana, Amelia Veja (vencedora na edição de 2003), o americano e secretário-geral da Concacaf, Ítalo Zanzi, a jornalista americana Connie Chung, as atrizes Vivica Fox e Adrienne Maloof e o empresário palestino Farouk Shami completaram a lista.

O concurso
O concurso mostrou ser concorrido já durante a escolha das 16 semifinalistas: França (Laury Thilleman), Kosovo (Afredita Dreshaj), Colômbia (Catalina Robayo), China (Luo Zilin), Angola (Leila Lopes), Autrália (Scherri-Lee Biggs), Porto Rico (Viviana Ortiz), Brasil (Priscila Machado), Holanda (Kelly Weekers), Estados Unidos (Alyssa Campanella), Ucrânia (Olesia Stekefanko), Panamá (Sheldry Saez), Costa Rica (Johanna Solano), Portugal (Laura Gonçalves), Filipinas (Shampcey Supsup) e Venezuela (Vanessa Gonçalves). Na quinta-feira (8), uma cerimônia serviu para os jurados elegeram as 15 semifinalistas. Já a 16ª representante foi escolhida em uma votação feita pela internet pelo público.

Durante o desfile de biquíni, as modelos cruzaram o palco ao som de Claudia Leitte, que cantou a música “Locomotion Batucada” em inglês e espanhol e exibiu samba no pé ao lado de bailarinos. De acordo com o apresentador Andy Cohen, os modelos de biquíni precisaram ser refeitos, já que a quantidade de tecido dos nacionais é menor que o padrão internacional. Após a exibição dos corpos em forma das candidatas, foram escolhidas as 10 finalistas.

No momento da apresentação dos looks de gala, fundamental para definir as 5 favoritas à coroa, nenhuma candidata exibiu um modelo preto, algo considerado comum. No lugar, elas optaram por cores como vermelho, branco e amarelo.

Antes da conquista da tão cobiçada coroa, as misses precisaram responder às perguntas feitas pelos jurados. A Miss Ucrânia foi a primeira delas. Amélia Vega questionou que outra pessoa ela gostaria de ser na história se pudesse trocar. “Eu simplesmente vivo a minha vida e estou muito satisfeita. Mas, se eu tivesse uma escolha, ou a possibilidade de trocar, eu seria Cleópatra, uma mulher muito poderosa e forte que gerava respeito e devoção. E a mulher pode ser maligna como a rainha do Egito.”

Já a Miss Filipinas foi questionada se chegaria a mudar de religião para se casar com uma pessoa. Direta, ela respondeu: “Se eu tivesse que mudar, eu não me casaria. A primeira pessoa que eu amo é a Deus que me criou, fez minha imagem e fez meus princípios. Se a pessoa me ama tem que amar quem eu sou”.

A candidata chinesa respondeu a uma pergunta feita por Isabeli Fontana. A modelo perguntou se a candidata ao Miss Universo acha certo ou errado a existência das praias de nudismo. “Acho que cada país tem a sua cultura, sua escolha e seus hábitos. Devemos respeitar e compreender”, afirmou.

O piloto Helio Castroneves foi quem fez a pergunta para a brasileira Priscila Machado. Ele quis saber o que ela faria para evitar uma guerra na qual não acreditava. Simpática, a gaúcha cumprimentou a plateia antes de dar sua opinião. “Boa noite Brasil, boa noite, São Paulo. Primeiro de tudo iria explicar às pessoas que a melhor qualidade é respeitar. Nenhuma guerra é baseada em respeito e sim na falta de respeito, educação e humanidade. Então, desta forma, ser humano deve ser respeitar outro ser humano”, disse ela, que foi muito aplaudida pela plateia.

Já Leila Lopes foi questionada se mudaria algo em seu corpo caso se pudesse. “Boa noite São Paulo”, começou a candidata, demonstrando a mesma simpatia da brasileira. “Graças a Deus eu sou muito satisfeita do jeito que me fez. Não mudaria em nada. Considero uma menina bonita por dentro, tenho os meus princípios, os meus valores, aqueles da minha família. Eu sinto que fui bem educada e quero ser assim a vida toda. E agora eu aproveito para deixar um conselho aos presentes: respeitem os outros."

Além da coroa, Leila Lopes conquistou um ano de curso na New York Academy, um ano de despesas pagas como Miss Universo, um ano de acomodação de luxo em Nova York, viagens pelo mundo representando patrocinadores e ONGs e, ainda, um ano de serviços de beleza e estética.

Superação e reconhecimento
Em conversa com os jornalistas, a vencedora contou que ficou animada com a possibilidade de ajudar mais pessoas após conquistar o título. “Como Miss Angola já tenho feito muitos trabalhos sociais e, agora, espero poder fazer mais ainda como Miss Universo. Sempre fui muito envergonhada, mas meus amigos diziam que eu devia ser Miss e eu comecei a acreditar. Quando eu ganhei o Miss Angola, um amigo me disse que, se eu mantesse a mesma postura, eu ganharia o Miss Universo. Eu me sinto muito honrada, não só por ser a mulher mais bonita do Universo, mas por poder usar a minha beleza para poder ajudar as pessoas.”

Este ano, foi a primeira vez que Angola ganhou e ficou entre as semifinalistas. Assim que recebeu o anúncio de que estava entre as 16 escolhidas, Leila já percebeu que poderia fazer história em seu país. “Queria mostrar que Angola era capaz”, disse. A nova Miss Universo, que diz não ter feito até hoje nenhuma cirurgia plástica, elegeu o que vê como ponto forte em seu corpo. “O sorriso. Porque o meu sorriso consegue contagiar as pessoas. Eu tento ser uma pessoa alegre e acho que meu sorriso mostra a minha personalidade. Acredito que a minha maior dificuldade foi a timidez. Mas conseguir vencer isso.”

Leila também deu sua opinião quando o assunto foi racismo. “Racismo não me atinge. Acho que não é normal em pleno século XXI as pessoas pensarem dessa forma”, afirmou ela que já teve a oportunidade de visitar o Brasil em oportunidade anteriores. “Já conhecia o Brasil. Adoro este país. Acompanho as novelas, adoro Tarcisio Meira, Glória Menezes e a Lilia Cabral”, listou.

Após ser apontada como a mulher mais bela do mundo, a angolana não deixou de dar três dicas de beleza: “Dormir bastante, usar protetor solar qualquer dia e beber muita água. E eu gostaria de agradecer a quem assistia e me aplaudiu muito. Isso me fortaleceu”. (Da Revista Quem)