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Vacinação: 5 respostas essenciais para quem já pegou Covid-19

30 junho 2021 - 10h16Por Meio Norte

A vacinação é recomendada mesmo para quem já pegou o coronavírus

A campanha de vacinação contra a Covid-19 naturalmente gera dúvidas na população. Postos de saúde recebem muitas questões especificamente sobre a aplicação da vacina em pessoas que já pegaram o coronavírus. Afinal, é para tomar o imunizante? Caso eu pegue o Sars-CoV-2 entre a primeira e a segunda dose, o que fazer? Diante disso, produzimos um conteúdo especial com cinco perguntas e respostas sobre o assunto.

1. Devo tomar a vacina se já tive Covid-19?

Sim. É verdade que, após a infecção de verdade, nosso corpo tende a gerar anticorpos e outros mecanismos de defesa. No entanto, nem sempre se cria a chamada “memória imunológica”, que é a capacidade de reconhecer uma segunda invasão e impedir seus estragos. Além disso, o surgimento das variantes parece aumentar o risco de reinfecção.

Outro ponto: não sabemos por quanto tempo um organismo que já sofreu com a Covid-19 manteria as defesas naturais contra o vírus. Um dos estudos mais recentes, publicado no periódico científico Nature, indica que os anticorpos continuam circulando por pelo menos cerca de seis a oito meses. Os cientistas da Universidade Rockfeller, nos Estados Unidos, chegaram a essa conclusão após analisar amostras de sangue de 188 voluntários.

Verdade que também não conhecemos o tempo exato que as vacinas conferem proteção — há pesquisas em andamento avaliando esse quesito. Ainda assim, a injeção serviria para renovar e fortalecer a proteção entre quem já pegou a doença antes. Todas as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reduzem o risco de sofrer com a Covid-19, e não trazem efeitos colaterais adicionais entre indivíduos que manifestaram a enfermidade anteriormente.

2. Quem se curou da Covid-19 deve esperar quanto tempo para aplicar a vacina?

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta esperar pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas. Se o caso foi assintomático, o indivíduo deveria contar o mesmo período a partir do primeiro resultado positivo no exame de RT-PCR. Para aqueles que chegaram a ser internados, também se indica aguardar o completo restabelecimento antes de buscar as doses.

Mas a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm, explica que esse tempo é uma medida de precaução, e não uma contraindicação. Não há dados indicando que, se um paciente infectado tomar a vacina antes desse prazo, ele corre qualquer risco.

“A orientação serve porque a pessoa pode apresentar sintomas e complicações tardias do coronavírus em si. Se ele receber a vacina nesse meio tempo, é possível que os sinais da doença sejam confundidos com possíveis reações adversas do imunizante”, esclarece Isabella.

3. O que acontece se alguém infectado com coronavírus, mas sem sintomas, tomar a vacina?

Pode ficar tranquilo. Não há evidências de que a saúde dessas pessoas esteja em risco caso recebam a picada, mesmo no período de incubação do vírus.

Como dissemos, aquele tempo de espera para receber as injeções entre quem sabe que está com a enfermidade serve para evitar a confusão dos sintomas, não por uma questão de segurança.

4. Quem está com sintomas gripais pode aplicar a vacina do coronavírus?

Outros quadros respiratórios possuem sinais similares aos da Covid-19. Entre eles, podemos falar de gripe, resfriado, bronquite e até condições que não afetam os pulmões, a exemplo da dengue.

Mesmo que você não tenha sido diagnosticado com Sars-CoV-2, a recomendação também é aguardar quatro semanas do início dos sintomas e a recuperação total para aplicar a vacina. Aliás, isso vale para qualquer imunizante.

5. Como fica a situação de quem pegou coronavírus entre a primeira e a segunda dose?

Sim, é possível desenvolver a Covid-19 no intervalo entre as duas picadas. Caso isso aconteça, você não vai precisar tomar a primeira dose de novo quando se recuperar.

O recomendado é tentar seguir o calendário vacinal normalmente, mas respeitando aquela regra das quatro semanas de espera após o início dos sintomas. Não há problema se houver um pequeno atraso por causa disso: o importante é receber a segunda dose assim que estiver liberado.