O senador Irajá (PSD) usou a tribuna do Senado Federal na terça-feira (11), para alertar sobre o risco de uma crise fiscal no Tocantins. Ele revelou que, em três anos, os gastos com pessoal no Estado aumentaram em R$ 1,3 bilhão, comprometendo 46,32% da Receita Corrente Líquida (RCL).
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
AUMENTO DE GASTOS
O senador destacou que em 2021, o governador Wanderlei Barbosa assumiu o estado com 40,31% da RCL comprometida com folha de pagamento. Em 2024, esse índice subiu para 46,32%, ultrapassando o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (44,1%) e chegando perto do limite prudencial (46,55%). Irajá classificou a situação como "preocupante" e alertou para os impactos nas áreas essenciais, como saúde e segurança.
COMPARAÇÃO
O senador comparou o aumento de R$ 1,3 bilhão em gastos com pessoal a possíveis investimentos em infraestrutura. "Dariam para construir 10 mil casas populares ou 1.238 postos de saúde novos", afirmou. Ele criticou a priorização de despesas com salários em detrimento de investimentos públicos.
TENTATIVA DE SILENCIAR A IMPRENSA
Irajá também denunciou supostas tentativas do governo de "silenciar a imprensa tocantinense". Ele afirmou que veículos de comunicação que denunciaram a crise fiscal estão sendo perseguidos e boicotados. "A época da ditadura acabou há mais de 50 anos", disse, expressando solidariedade à imprensa local.
ELOGIOS DO PRESIDENTE DA MESA
O quarto secretário da mesa, senador Láercio Oliveira (PP-SE), elogiou o discurso de Irajá, destacando sua postura firme e compromisso com o Tocantins. "Feliz é o seu Estado que tem um senador vigilante e bem informado", afirmou.