O acidente levanta uma questioamento: de quem foi a culpa? - Crédito: ReproduçãoUma ciclista de 45 anos foi atropelada durante um treino na manhã de quinta-feira (8), na Avenida Guaicurus, em Campo Grande (MS). O caso ganhou repercussão nacional após vídeos do momento circularem nas redes sociais. O acidente levanta uma questioamento: de quem foi a culpa?
VÍTIMA GRAVOU O PRÓPRIO ACIDENTE
A ciclista pedalava pela faixa da direita da avenida e filmava o próprio trajeto. Em seu vídeo, é possível ver um caminhão se aproximando. O motorista buzina, mas a mulher continua pedalando. A mulher afirma que estava sendo perseguida pelo motorista.
Logo depois, um carro que vinha atrás do caminhão, na mesma faixa da ciclista, acelera e a atropela.
MOTORISTA TAMBÉM GRAVOU
Em um segundo vídeo, gravado pelo caminhoneiro, ele afirma que a mulher estava no meio da pista e teria reagido com um gesto obsceno ao ser advertida por ele.
“Fui buzinar para ela se afastar, ela mostrou o dedo. Depois morre e não sabe por quê”, disse o motorista.
VÍTIMA FOI SOCORRIDA
O Corpo de Bombeiros foi acionado e informou que, ao chegar, a ciclista estava consciente, mas sem o capacete. Ela apresentava suspeita de fraturas nas clavículas e foi encaminhada à Santa Casa.
Segundo o irmão da vítima, o advogado Jean Cabreira, ela é atleta e treina frequentemente pela manhã naquela mesma avenida.
FALTA DE ESTRUTURA PARA CICLISTAS
A família da vítima alega que a Avenida Guaicurus não possui estrutura adequada para ciclismo, o que aumenta o risco de acidentes como esse. A via não tem ciclovia nem acostamento apropriado, e o fluxo de veículos pesados é constante.
PRIORIDADE AO CICLISTA
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, ciclistas têm prioridade nas vias quando não há ciclovia, desde que trafeguem pelos bordos da pista, no mesmo sentido dos veículos.
A orientação do BPMTran é que bicicletas fiquem próximas à calçada e que motoristas mantenham 1,5 metro de distância na ultrapassagem.
INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO
A Polícia ainda não registrou oficialmente o caso. A 2ª tenente Thaís Lechuga afirmou que será analisado se houve dolo ou crime por parte do motorista, principalmente diante do relato de possível perseguição.
