O corretor de imóveis Jailson Pacífico de Oliveira, de 41 anos, foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo homicídio do empresário Antônio da Luz Arraias, de 52 anos. O crime aconteceu durante uma discussão em um posto de combustíveis na quadra 204 Sul, em Palmas.
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O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (16), na 1ª Vara Criminal de Palmas. Além da pena de prisão, o juiz Cledson José Dias Nunes determinou que o réu pague uma indenização de R$ 100 mil à família da vítima.
ENTENDA O CASO
O crime ocorreu no dia 13 de outubro de 2023. Na ocasião, os dois homens discutiram por conta de um empréstimo de R$ 10 mil que Jailson havia contraído com Antônio, mas que, segundo a investigação, já havia sido quitado.
Testemunhas relataram à Polícia Militar que a vítima chegou ao local alterada, fez ameaças e impediu que Jailson saísse do posto. Durante a discussão, o corretor sacou uma faca da cintura e desferiu três golpes contra o empresário.
Antônio chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Geral de Palmas (HGP), mas não resistiu aos ferimentos.
PRISÃO DURANTE A FUGA
Após o crime, Jailson fugiu em direção ao estado de Goiás. Ele foi preso em um posto de combustíveis próximo à cidade de Campinorte (GO), já na tentativa de chegar à casa dos pais.
As roupas usadas por ele e o veículo batem com as descrições fornecidas pelas autoridades do Tocantins, o que ajudou na sua identificação.
HISTÓRICO CRIMINAL
O juiz destacou na sentença que Jailson já possui condenações definitivas por posse de arma, receptação e furto qualificado. Por isso, o réu não terá o direito de recorrer em liberdade e deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado.
Durante o julgamento, foi considerada a confissão de Jailson como atenuante, conforme entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O corretor alegou que teria agido em legítima defesa, por supostas ameaças feitas por Antônio.
DEFESA PRETENDE RECORRER
Em nota, a defesa de Jailson afirmou que recebeu a decisão com respeito, mas informou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Tocantins.
Confira a nota na íntegra:
"Defesa recebe a decisão do Júri com respeito e admiração que a Instituição exige. Diante do nosso inconformismo, já manifestamos o interesse em recorrer, visto que acreditamos e confiamos na reforma da decisão pelo Egrégio Tribunal Tocantinense."