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INVESTIGAÇÃO

Donos de restaurantes e supermercados são indiciados por compra de alimentos furtados

17 agosto 2020 - 17h41

Mais de 20 pessoas indiciadas pela prática do crime de receptação em Paraíso do Tocantins. Esse é o resultado da maior investigação da história realizada pela Polícia Civil no combate a esse tipo de crime na cidade. De acordo com o Delegado José Lucas Melo, as investigações foram concluídas nesta segunda-feira, 17, pela 63ª Delegacia de Polícia Civil de Paraíso, e resultaram na identificação e, posterior autuação, de pessoas que adquiriram alimentos furtados de empresas localizadas no município.

Segundo o delegado José Lucas, a investigação ora concluída foi deflagrada em decorrência de uma outra, que identificou indivíduos que formavam uma associação criminosa especializada em furtar empresas do ramo alimentício. Os líderes do grupo foram presos e estão à disposição do Poder Judiciário há algumas semanas.  

Conforme apontaram as investigações da 63ª DP, o grupo criminoso foi responsável por furtar mais de uma tonelada de alimentos de empresas instaladas em Paraíso do Tocantins. Após os crimes, os autores repassavam rapidamente os gêneros alimentícios a outras pessoas por valores que chegavam a 10% abaixo do normal.

Compradores

Dentre os identificados, estão proprietários de restaurantes, de supermercados e pessoas que viram na compra a possibilidade de obter lucro. Houve quem comprasse 200 quilos dos produtos furtados.

O delegado José Lucas, responsável pelo caso, afirma que a investigação tem especial importância já que além de ter recuperado grande parte do material furtado, serve para mostrar que a lei é aplicada a todos, independentemente de seu poder aquisitivo. Ele destaca, ainda, que as pessoas que compareceram espontaneamente à unidade policial, receberão benefícios legais conforme determina a lei. 

Alerta

A Polícia Civil informa que outras pessoas ainda podem ser responsabilizadas no decorrer de novas investigações sobre essa modalidade de crime. Na oportunidade a PC-TO faz um alerta à população e geral para que não adquira qualquer objeto ou produto sem garantia de procedência, ou seja, sem notas fiscais, e por preços muito abaixo dos normalmente praticados no mercado.

“A compra de produtos ilegais dificulta a atividade comercial regular, o que acarreta no fechamento de empresas e, consequentemente, no aumento do desemprego. Vale destacar também que todo aquele que compra produtos sem nota fiscal, sem garantia de procedência e por preços muito vantajosos, pode incorrer no crime de receptação e poderá responder criminalmente pelo ato”, ressalta o delegado.